sexta-feira, 11 de maio de 2012

Reflexões do Companheiro Fidel: o 67º aniversário da vitória sobre o nazifascismo


Nenhum fato político pode ser julgado fora da época e das circunstâncias em que teve lugar. Ninguém conhece sequer um por cento da fabulosa história do homem; mas graças a ela, conhecemos fatos que ultrapassam os limites do imaginável.

O privilégio de ter conhecido pessoas, inclusive lugares nos quais ocorreram alguns fatos relacionados com a histórica batalha, incrementava o interesse com que esperava este ano a comemoração.

A colossal façanha foi fruto do heroísmo de um conjunto de povos que a revolução e o socialismo tinham unido e entrelaçado para pôr fim à brutal exploração que o mundo tinha suportado ao longo de milênios. Os russos sempre foram orgulhosos por terem encabeçado aquela revolução e pelos sacrificios com que foram capazes de levá-la a cabo.

Este importantíssimo aniversário da vitória não podia ser compreendido sob o signo de uma bandeira e um nome diferente ao que presidiu o heroísmo dos combatentes da Grande Guerra Patriótica. Ficava algo sem dúvida intocável e inapagável: o hino sob cujas inolvidáveis notas milhões de homens e mulheres desafiaram a morte e esmagaram os invasores que quiseram impor mil anos de nazismo e holocausto a toda a humanidade.

Com essas ideias na mente, desfrutei as horas que dediquei ao desfile marcial mais organizado que jamais pude imaginar, protagonizado por homens formados nas academias militares russas.

Os ianques e os exércitos sanguinários da Otan seguramente não podiam imaginar que os crimes cometidos no Afeganistão, Iraque e Líbia; os ataques ao Paquistão e a Síria; as ameaças contra o Irã e outros países do Oriente Médiio; as bases militares na América Latina, África e Ásia; poderiam ser levados a cabo com absoluta impunidade, sem que o mundo tomasse consciência da insólita e selvagem ameaça.

Como os impérios se esquecem rápidamente das lições da história!

A técnica militar exibida em Moscou em 9 de maio mostrava a impressionante capacidade da Federação Russa para oferecer resposta adequada e variável aos mais sofisticados meios convencionais e nucleares do imperialismo.

Foi o ato que esperávamos no glorioso aniversário da vitória soviética sobre o fascismo.

Fidel Castro Ruz
10 de maio de 2012
20h14 

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