sábado, 26 de maio de 2012

Benício Del Toro condena obstáculos para viajar dos EUA a Cuba


O ator porto-riquenho Benicio del Toro afirmou na última quinta-feira (24) em Cannes, onde apresentou o filme "7 días en La Habana" (7 dias em Havana), que as dificuldades que os Estados Unidos impõem para que os cidadãos norte-americanos viagem para Cuba podem ser considerada um tipo de censura.

O filme é dividido em sete capítulos, cada um dirigido por um cineasta, entre eles Del Toro. "Talvez a censura seja a dificuldade que uma pessoa com passaporte americano tem para viajar para Cuba. Não é fácil. É preciso pagar uma quantidade de dinheiro, é preciso pedir permissão ao governo para poder viajar, talvez poderíamos dizer que isso é uma censura", afirmou.

Segundo o ator, a autorização para viajar à ilha "pode demorar de três a quatro meses, o que não ocorre em nenhuma outra ilha do Caribe, como a Jamaica".

Ao lado de Del Toro, estavam outros dois dos sete diretores que participaram de "7 días en La Habana", o argentino Pablo Trapero e o espanhol Julio Medem, que destacaram que durante as filmagens em Cuba não sofreram nenhum tipo de cerceamento de sua liberdade de expressão. "Não aconteceu nada", afirmou Trapero.

O objetivo do filme, que contou ainda com a participação do palestino Elia Suleiman, do cubano Juan Carlos Tabio e dos franceses Gaspar Noé e Laurent Cantet, foi mostrar a visão pessoal dos cineastas sobre Havana. Benicio del Toro contou uma história protagonizada por um turista americano que procura festas e mulheres em Havana.

O projeto foi coordenado pelo escritor cubano Leonardo Padura, que procurou conectar cada uma das histórias para dar uma unidade ao filme, o que pode ser visto no otimismo de cada uma das narrativas, nas quais está presente o amor dos cubanos pela música, sua felicidade dentro de uma situação complicada e sua forma de rir da vida até nos momentos mais dramáticos.

Fonte: vermelho

Nenhum comentário:

Postar um comentário