Fugir do lugar comum e mostrar a vida de um país que passa por profundas mudanças. É esse o objetivo do documentário brasileiro “Cuba, Mucho Gusto”, que estréia em festivais nacionais no segundo semestre. Feito em parceria com o ICAIC (Instituto Cubano de Arte e Indústria Cinematográficas), o filme do diretor Caetano Cury traz a visão de intelectuais, artistas e personalidades cubanos sobre as reformas promovidas no país caribenho desde a chegada de Raúl Castro ao poder, em 2008.
filme traz, entre outros, o depoimento de Mariela Castro, filha de Raúl e atual diretora do Centro Nacional Cubano de Educação Sexual. Ativista dos direitos da comunidade gay em Cuba, Mariela aponta que as mudanças no país nos últimos anos não ficaram restritas apenas ao campo econômico. “No início do Terceiro Milênio, com o que já se havia avançado e com toda a criatividade que as pessoas tiveram de desenvolver durante o Período Especial dos anos 1990... eu creio que este foi o cenário que criou as condições para que pudéssemos chamar a atenção para outras realidades e outras formas de discriminação que antes não estavam incluídas no discurso político”, diz Mariela durante o filme.
Para Carolina Guidotti, diretora da Cinevídeo, produtora brasileira responsável pelo documentário, a ideia é quebrar também os estereótipos políticos e sociais mostrados em festivais cinematográficos a respeito do país. “E mais que isso, nosso objetivo é tentar aproximar esse país, que é tão rico e tem tanta cultura, do Brasil. [Buscamos fazer isso] por meio da cultura e das artes. Por isso escolhemos esse lado, mostrando o potencial da educação, do desenvolvimento, das produções culturais do país. [Assim], mostramos a riqueza da arte e da cultura de Cuba”, afirmou em entrevista ao Opera Mundi.
A equipe de produção do documentário ficou em Cuba por cerca de 40 dias em busca de personagens que pudessem retratar as mudanças na ilha caribenha.
Nos últimos anos, o presidente Raúl Castro aprovou uma série de reformas estruturais para dar dinamismo à economia do país. Com as mudanças, os cubanos agora podem vender e comprar casas e carros. Além disso, mais de 160 profissões antes consideradas irregulares receberam permissão do governo, incentivando o trabalho por conta própria entre os funcionários do governo que foram demitidos.
O filme mostra ainda questões consideradas polêmicas como o tratamento dado à comunidade gay no país. Um transexual entrevistado relata que “atualmente é muito mais fácil ser transformista em Cuba do que em outros lugares do mundo, já que aqui somos tratados como artistas”.
Entrevistas e produção
De acordo com Carolina, os entrevistados foram selecionados pelo próprio diretor do longa a partir de um trabalho extenso. “Na pré-produção, ele conversou com mais de 50 pessoas e depois dessa fase ele selecionou aquelas pessoas que ele achava que poderia dar um fio-condutor na história”, completou.
As gravações do filme duraram cerca de 40 dias e foram divididas em duas etapas, em julho e setembro do ano passado. Segundo Carolina, a produtora não teve nenhuma dificuldade para produzir o filme, seja no período de pré-produção, quanto nas filmagens.
“É um documentário com o qual queremos atingir um público formador de opinião, um público que vai discutir a questão. Nós queremos mostrar a vida do cubano. Como ele se diverte, o que pensa, o que faz”, concluiu.
Um promo de cerca de 20 minutos foi exibido durante um festival internacional de cinema em Havana, realizado no último mês de novembro. “Houve uma recepção, que foi aberta ao público, e contou com a presença de convidados”, disse Carolina. Ela planeja um evento especial, dedicado a Cuba, para exibir o filme ao público brasileiro fora dos festivais.
filme traz, entre outros, o depoimento de Mariela Castro, filha de Raúl e atual diretora do Centro Nacional Cubano de Educação Sexual. Ativista dos direitos da comunidade gay em Cuba, Mariela aponta que as mudanças no país nos últimos anos não ficaram restritas apenas ao campo econômico. “No início do Terceiro Milênio, com o que já se havia avançado e com toda a criatividade que as pessoas tiveram de desenvolver durante o Período Especial dos anos 1990... eu creio que este foi o cenário que criou as condições para que pudéssemos chamar a atenção para outras realidades e outras formas de discriminação que antes não estavam incluídas no discurso político”, diz Mariela durante o filme.
Para Carolina Guidotti, diretora da Cinevídeo, produtora brasileira responsável pelo documentário, a ideia é quebrar também os estereótipos políticos e sociais mostrados em festivais cinematográficos a respeito do país. “E mais que isso, nosso objetivo é tentar aproximar esse país, que é tão rico e tem tanta cultura, do Brasil. [Buscamos fazer isso] por meio da cultura e das artes. Por isso escolhemos esse lado, mostrando o potencial da educação, do desenvolvimento, das produções culturais do país. [Assim], mostramos a riqueza da arte e da cultura de Cuba”, afirmou em entrevista ao Opera Mundi.
A equipe de produção do documentário ficou em Cuba por cerca de 40 dias em busca de personagens que pudessem retratar as mudanças na ilha caribenha.
Nos últimos anos, o presidente Raúl Castro aprovou uma série de reformas estruturais para dar dinamismo à economia do país. Com as mudanças, os cubanos agora podem vender e comprar casas e carros. Além disso, mais de 160 profissões antes consideradas irregulares receberam permissão do governo, incentivando o trabalho por conta própria entre os funcionários do governo que foram demitidos.
O filme mostra ainda questões consideradas polêmicas como o tratamento dado à comunidade gay no país. Um transexual entrevistado relata que “atualmente é muito mais fácil ser transformista em Cuba do que em outros lugares do mundo, já que aqui somos tratados como artistas”.
Entrevistas e produção
De acordo com Carolina, os entrevistados foram selecionados pelo próprio diretor do longa a partir de um trabalho extenso. “Na pré-produção, ele conversou com mais de 50 pessoas e depois dessa fase ele selecionou aquelas pessoas que ele achava que poderia dar um fio-condutor na história”, completou.
As gravações do filme duraram cerca de 40 dias e foram divididas em duas etapas, em julho e setembro do ano passado. Segundo Carolina, a produtora não teve nenhuma dificuldade para produzir o filme, seja no período de pré-produção, quanto nas filmagens.
“É um documentário com o qual queremos atingir um público formador de opinião, um público que vai discutir a questão. Nós queremos mostrar a vida do cubano. Como ele se diverte, o que pensa, o que faz”, concluiu.
Um promo de cerca de 20 minutos foi exibido durante um festival internacional de cinema em Havana, realizado no último mês de novembro. “Houve uma recepção, que foi aberta ao público, e contou com a presença de convidados”, disse Carolina. Ela planeja um evento especial, dedicado a Cuba, para exibir o filme ao público brasileiro fora dos festivais.
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