domingo, 29 de janeiro de 2012

Que se vayan pa' Miami


Por Virgílio de Mattos

O velho Bertold Brecht, que veio da floresta negra em outros tempos, pedia aos que viessem depois dele que não dissessem que nada era natural, em tempos tão sombrios.

Estamos vivendo tempos difíceis e o pior ainda está por vir. Ou, para dizer de modo elegante como o faz o Prof. José Luiz Quadros de Magalhães: Vai melhorar! Mas antes de melhorar ainda vai piorar muito.

Com todo o respeito e admiração que me merecem as mulheres profissionais, como se faz um filho da puta? Quais os ingredientes minimamente necessários?

Num país diferente e difícil como é o Brasil um filho da puta pode ser elogioso, como o célebre show de Astor Piazzolla no qual Vinicius de Moraes o elogiava desse modo e quase deu briga.


Um aluno aplicado e que escreve bem pode ser assim elogiado, um professor ao término de uma conferência idem.

Lado outro, como gostam de dizer as petições de pedantes pedintes de algum direito em um Judiciário sem justiça, pode ser no trânsito caótico um insulto desabafo para não infartarmos: Tá cego, filho da puta?
Mesmo no terreno pantanoso das saudades do passado você pode pensar: Ai que saudades daquela filha da puta...

Mas o que faremos com os filhos da puta de outros países que querem vir para o Brasil? Já não temos suficiente trabalho com os nossos próprios filhos da puta (vide, exemplificativamente, os milhares de vereadores, deputados estaduais, as centenas de deputados federais e os vários senadores, todos políticos profissionais), por que importamos se o similar nacional é difícil de ser, digamos assim, batido?

Refiro-me à péssima ideia de se conceder visto de entrada a essa cubana agente da CIA que atende pelo nome de Yoni Sánchez. O que tem essa babaca que fazer aqui?

Até o mais pacóvio dos néscios sabe que essa mulher só existe pelo sórdido programa de desestabilização estadunidense movido contra Cuba, nada além, nada mais. É paga para existir e a “criação” de seu blog, sabemos bem por quem, é difundida como elemento de propaganda anticomunista.

No terreno das comparações é como uma dancinha nova de carnaval soteropolitano, tem muito baiano que gosta...

Em nosso grupo de reflexão colocamos o apelido nessa mulher de Pero, bueno...

Ela não responde nada quando é pilhada em flagrante em suas estapafúrdias mentiras, não consegue encadear meia dúzia de frases e é “vendida” pelos poderosos aparatos mediáticos estadunidenses como arauto da liberdade de informação. Seria cômico se não fosse tão trágico.

Um pedido ao governo cubano faço: não a deixem vir pra cá, já temos um trabalho imenso com os nossos próprios filhos da puta.

No limite, Pídese canje: só recebemos a Yoni se vocês levarem a Soninha Francine pra vocês.

Que se vayan pa’ Miami, que se vayan al carajo!

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