sábado, 3 de dezembro de 2011

Estados Unidos não economizam em ações contra Cuba


Por Chistiane Marcondes no Portal Vermelho

Enquanto o governo dos Estados Unidos aplica medidas para reduzir em 20% despesas com transporte, tecnologia e publicidade, entidades norte-americanas autorizam a liberação de fundos para executar ações contra Cuba.

A crise econômica, que já desempregou 14 milhões de pessoas, gerando uma crescente onda de protestos em todo o país, não refreou o financiamento de ações subversivas contra o governo cubano.

Um exemplo recente aconteceu no mês de outubro, quando a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid) se adiantou em preparar uma festa a fim de celebrar a entrega do Prêmio Nobel da Paz 2011 aos contrarrevolucionários cubanos Oswaldo Payá e Oscar Elías Biscet.


Para isso, foi aprovado um orçamento de 250 mil dólares destinados a várias atividades que desenvolveria o Escritório de Interesses dos Estados Unidos em Havana, entre elas, a produção de 100 mil camisetas com o rosto dos premiados, sobre um fundo com bandeiras dos dois países e a frase "Chegou a hora para Cuba".

O arsenal festivo incluía bexigas, bandeirinhas, relógios, chaveiros e pulseiras temáticas e, evidentemente, o pagamento dos jornalistas selecionados para cobrir o evento que nunca chegou a se efetuar, pois os louros foi parar em outras mãos.

O orçamento custearia, inclusive, os trajes usados na cerimônia pelos supostos premiados, personalidades que se dedicaram por anos a promover planos de desestabilização em Cuba, planejados por servidores públicos da administração de Washington e seus familiares.

Mas o Nobel da Paz foi parar em outras mãos, contemplando Ellen Johnson-Sirleaf (presidente da Libéria), a liberiana Leywah Gbowee (responsável pela Organização Não Governamental Women Peace and Security Network Africa) e a ativista iemenita Tawakkel Karmen, três mulheres em luta pelos direitos das mulheres na Libéria e no Iêmen.

As ações do governo norte-americano contra Cuba estão sendo denunciadas há anos pelas autoridades do arquipélago caribenho, mas as vozes de denúncia são silenciadas pelos grandes grupos de comunicação que operam nos Estados Unidos.

Apesar da censura na imprensa, alguns órgãos do governo já admitiram o financiamento de ações contra Cuba com o "objetivo de fomentar a democracia".

Como parte dessa ofensiva, só para o exercício fiscal 2011, a administração norte-americana aprovou 62 milhões de dólares destinados à intervenção política, social e midiática em Cuba, o que representou 34% de aumento na verba de 2010.

Chama a atenção o fato de que, mesmo com 46 milhões de pessoas vivendo abaixo da linha de pobreza e constantes protestos pelo fraturado sistema econômico vigente, a "vigilância" de Havana cresce.

Quase a metade desses 62 milhões de dólares anuais distribuem-se entre os meios de comunicação, como a Rádio e Televisão Martí, que transmitem para a ilha em atos de violação dos regulamentos estabelecidos pela União Internacional de Telecomunicações.

Para 2012, o governo de Obama propôs empregar outros 20 milhões de dólares a fim de ampliar projetos com o propósito de "fomentar a liberdade" em Cuba, principalmente através da Usaid.

Esses fundos são administrados principalmente por organizações e empresas norte-americanas, em essência arraigadas no estado da Flórida, as quais contribuem com dinheiro e equipes a minúsculos grupos cubanos que só precisam cumprir com o requisito de se oporem ao Executivo nacional do arquipélago caribenho.
Em junho deste ano, a Usaid publicou três convocações para planos relacionados com a liberdade de informação e expressão, bem como o apoio à sociedade civil em Cuba, os quais contavam com um capital de 21 milhões de dólares.

A agência governamental assegurou que destinaria seis milhões de dólares a projetos para facilitar o livre acesso dos cubanos à informação mediante novas tecnologias e meios tradicionais. Outros seis milhões se destinariam a programas com o objetivo de impulsionar a liberdade de expressão e associação dos jovens com idades entre 12 e 24 anos.

Os nove milhões restantes seriam usados para conscientizar membros de comunidades locais, bairros ou outros grupos em relação a seus direitos e responsabilidades cívicas, desenvolvendo habilidades de liderança e preparando-os para participar plenamente do "desenvolvimento democrático".

Com informações da Prensa Latina

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