quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Presidente do Uruguai recebe, em Porto Alegre, apelo em favor dos Cinco antiterroristas cubanos



O presidente da Associação Cultural José Marti do Rio Grande do Sul, Ricardo Haesbaert, entregou, na noite da última terça – feira (8), na Assembleia Legislativa gaúcha, carta ao presidente da República Oriental do Uruguai, José Mujica, pedindo que o caso dos Cinco antiterroristas cubanos seja contemplado na pauta de debates de seu governo sobre violações aos direitos humanos, e que se manifeste junto ao presidente Obama para que sejam liberados e possam retornar a sua Pátria.

Mujica também recebeu um exemplar do livro Os Últimos Soldados da Guerra Fria – A história dos agentes secretos infiltrados por Cuba em organizações de extrema direita nos Estados Unidos - do escritor brasileiro Fernando Morais, e a edição completa do Tribunal da Consciência,  realizado pela ACJM/RS, no último mês de junho.

Na mesma ocasião dirigentes da entidade conversaram com o Cônsul uruguaio, Pablo Scheiner, e combinaram um encontro no Consulado para reforçar o pedido feito ao  presidente e buscar parcerias para ações  de solidariedade a Cuba.

Pepe Mujica veio ao Estado participar, entre outras, da Conferência “Uruguay – Rio Grande do Sul: Integração Solidaria”, a convite do governador Tarso Genro e do presidente da Assembleia Legislativa, Adão Villaverde.  Em sua manifestação o presidente uruguaio defendeu que a evolução das condições materiais deve servir para construir uma sociedade melhor, destacando que o ser humano vive entre duas situações naturais opostas: o egoísmo (defender nossa vida e a vida de nossas famílias), e a solidariedade (necessidade de viver em sociedade). “É neste pêndulo entre o egoísmo natural e a solidariedade natural que se constrói a historia e se move a história humana”, explicou.  

Ao ser condecorado com a Medalha Mérito Farroupilha pela Assembleia gaúcha, Mujica, emocionado, afirmou que o Uruguai teve muitos sonhadores em suas diferentes épocas e que a homenagem trouxe recordações da sua juventude e da ditadura, “dos tempos de movimentos de libertação em que parecia ser impossível a criação de uma manhã sem classes sociais,sem que o teu e o meu nos separe”.
José Alberto Mujica Cordano militou no Partido Nacional, tradicional, grupo político uruguaio. Na década de 1960 fez parte do dos históricos fundadores do Movimento de Libertação Nacional Tupamaros (MLN-T).

Devido a sua forte atuação política contra a ditadura militar esteve preso por 14 anos em diversas unidades militares. Em 1985, com o fim da ditadura no Uruguai, Pepe foi libertado juntamente como outros presos políticos favorecidos pela anistia.


Informações complementares de Letícia Rodrigues - Agência de Notícias ALRS

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