Fonte: DESACATO
Tradução do CUBADEBATE por Jair De Souza.
Atualmente, ao tentar ver o citado video, pode-se ler: “Este vídeo inclui conteúdo de Telecinco, que o bloqueou por motivos de direitos de copyright” (2). Além disso, foi eliminada a informação sobre o número de visitas alcançado. O video entitulado “La prostitución periodística de Telecinco contra Cuba (A prostituição jornalística de Telecinco contra Cuba)– Parte 2”, produzido em 2008 por Cubainformación TV, alojado numa conta do canal You Tube, que havia alcançado a cifra de 470.161 visitas (1), foi eliminado por YouTube depois das pressões da cadeia espanhola de televisão Telecinco.
O Cubainformación denuncia este caso como um novo exemplo de censura e limitação da liberdade de imprensa a um pequeno meio de comunicação por parte de um gigante empresarial, empregando a desculpa do copyright, já que a análise de meios e a crítica de suas práticas jornalísticas - sem o menor fim comercial ou de lucro, como é o caso - implicam, obrigatoriamente, a exibição de imagens, textos ou áudios dos produtos informativos analisados. Os responsáveis de Telecinco deveriam responder publicamente a esta pergunta: se vocês dizem aceitar o debate e a crítica a sus produções, como é possível levá-la a cabo sem mostrar as imagens e locuções que estão sendo analisadas?
É preciso recordar que a série de três vídeos “A prostituição jornalística de Telecinco contra Cuba” é uma investigação sobre as tramóias, mentiras e truques de montagem do documentário “A prostituição infantil em Cuba”, emitido em 2008 por Telecinco. Os três vídeos podem seguir sendo vistos na página de Cubainformación TV (3).
É necessário esclarecer que o vídeo retirado não estava na conta YouTube de Cubainformación, e sim na de um cidadão venezuelano de nome “ContraBalboa”. Curiosamente, a censura de YouTube à pedido de Telecinco só foi exercida contra o segundo dos três vídeos da série “A prostituição jornalística de Telecinco contra Cuba”, precisamente aquele que acumula o importante número de visitas, perto de meio milhão. As duas outras partes da série de Cubainformación TV, com um número muito inferior de visitas na mesma conta “ContraBalboa”, não foram retiradas (4), como também não foram rtiradas de outras contas de YouTube com um menor número de acessos (5). Tudo parece indicar que o que assustou Telecinco foi o importante número de visitas a um material que desmascara com todo tipo de provas sua falta da mais elementar ética jornalística.
Devemos recordar que o vídeo de Telecinco “A prostituição infantil em Cuba” foi produzido pela empresa Mandarina e por Sebastián Fernández Ferraté (6) que, atualmente, se encontra preso em Cuba pelo delito de corrupção de menores (7) (8). Cubainformación já afirmava nos citados três vídeos de análise que a produção de Telecinco, além de conter mentiras, exageros, faltas graves contra a honra e a intimidade e erros de desconhecimento da realidade cubana, incorria nos delitos penalizados em qualquer país do mundo, emitia uma mensagem perigosa de chamada para todo tipo de degenerados e pederastas (9), pelo qual seus autores deveriam responder perante a justiça, algo que finalmente ocorreu. É importante assinalar que Telecinco se descomprometeu absolutamente do caso penal de Sebastián Fernández Ferraté (10).
Este é o terceiro caso de censura direta de vídeos de Cubainformación no canal YouTube. Em 2009, depois de gestões da chamada Human Rights Foundation (organização anticomunista com sede em Nova Iorque), YouTube e Dailymotion retiraram o vídeo “Armando Valladares: de falso “poeta inválido” a especulador empresarial” (11), que descrevia as atividades criminosas deste conhecido “empresário anticastrista” (12). Em abril de 2010, o vídeo “Lições de direitos humanos para Cuba. Parte 1. Uma polícia democrática” (13), depois de atingir, em apenas duas semanas, 38.142 visitas na conta de Cubainformación do canal YouTube, foi removido por este à categoria de “vídeos acessíveis para maiores de 18 anos”, que só podem ser vistos por pessoas com conta própria no YouTube (14).
Atualmente, quando pretendemos acessar o vídeo, aparece esta mensagem: “É possível que o conteúdo deste vídeo ou grupo seja inadequado para alguns usuários, tal como fora indicado pela comunidade de usuários de YouTube” (15).
Telecinco é um canal de televisão de propriedade de vários grupos midiáticos internacionais, como Mediaset (majoritário) e Vocento (16).
Notas:
(1) Ver número de visitas embaixo, onde indica “Respostas em vídeo: CUBA La prostitución periodística de TeleCinco … de ContraBalboa. Visto 470.161 veces” http://www.youtube.com/watch?v=G9gv7V36QI8
(2) http://www.youtube.com/watch?v=ZcPuX4eZlpc
(3) Assistir aos três vídeos em Cubainformación TV: http://www.cubainformacion.tv/index.php?option=com_content&task=view&id=6853&Itemid=86
(4) http://www.youtube.com/watch?v=UesJEwFYhC0
(5) http://www.youtube.com/watch?v=5sWKpQPo5Zg
(6) http://lagrancorrupcion.blogspot.com/2011/01/sebastian-martinez-ferrate-y-juan-pique.html
(7) http://www.cubainformacion.tv/index.php?option=com_content&view=article&id=24183
(8) http://www.cubainformacion.tv/index.php?option=com_content&view=article&id=24280
(9) http://www.cubainformacion.tv/index.php?option=com_content&task=view&id=6860&Itemid=65
(10) http://www.prnoticias.com/index.php/component/content/article/46-entrevistas/10066987-mujer-de-martinez-ferrate-t5-tiene-que-mojarse-porque-es-corresponsable
(11) http://www.cubainformacion.tv/index.php?option=com_content&task=view&id=3330&Itemid=86
(12) http://www.cubainformacion.tv/index.php?option=com_content&task=view&id=6129&Itemid=65
(13) http://www.cubainformacion.tv/index.php?option=com_content&view=article&id=14182%3Alecciones-de-derechos-humanos-para-cuba-1-una-policia-democratica&catid=39&Itemid=86
(14) http://www.rebelion.org/noticia.php?id=103452
(15) http://www.youtube.com/verify_age?next_url=http%3A//www.youtube.com/watch%3Fv%3DBHQvyifbRfw
(16) http://www.inversores.telecinco.es/es/accionariado.htm
Fonte original: http://www.cubainformacion.tv/index.php?option=com_content&view=article&id=25385
Nenhum comentário:
Postar um comentário