Fonte: PRENSA LATINA
Uma empresa de Maryland (EUA) deve enviar semanalmente 24 mil mensagens de SMS para celulares cubanos, elaborados com supervisão de um órgão governamental daquele país, fato qualificado como ato de ciberguerra pela imprensa cubana.
A companhia Washington Software Inc. deverá entregar, antes de 21 de outubro, o projeto de um sistema de SMS destinado a burlar as tentativas cubanas de evitar outras avalanches desse tipo de mensagens, denunciou o CubaDebate, que cita o site Cuba Money Project.
Entre os termos do contrato assinado em 21 de setembro passado, conta-se que a empresa deverá superar as medidas técnicas que Havana adotou para bloquear mensagens desta natureza, redigidas pela estadunidense, Junta de Governadores de Radiodifusão (BBG).
A BBG, um órgão federal encarregado de supervisionar a qualidade das comunicações nos Estados Unidos, pediu à empresa contratada que não se preocupasse com questões legais, podendo lhes oferecer de 84 mil a 464 mil dólares. só no primeiro ano.
"A Agência assume a responsabilidade pelo conteúdo das mensagens", disse a BBG, sendo que as mensagens serão redigidas pelo órgão, sem que a companhia de Maryland possa alterar seu conteúdo, explicou o site cubano, para quem a ação viola leis da nação caribenha e internacionais.
O organismo fornecerá os números de celulares em Cuba, que conta com uma rede a mais de um milhão de usuários, que o contratista não poderá depois dar, vender, entregar ou de qualquer outra forma distribuir ou utilizar.
As especificações da concessão incluem que "o software deve possuir técnicas de manipulação e substituição de palavras chave em mensagens individuais para driblar a censura", de acordo com o site Cuba Money Project.
Entre as técnicas a empregar na operação, cujo primeiro ano fechará em 14 de setembro de 2012, conta-se a substituição de caracteres em palavras-chave para deixar intacto o significado como mudar a "i" por "1" e "ou" por "0".
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