segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Cubanos merecem viver sem bloqueio, afirma embaixador no Egito



Cairo, 24 out (Prensa Latina) O embaixador de Cuba no Egito, Otto Vaillant, afirmou hoje que seu povo merece viver sem o bloqueio econômico estadunidense, ainda que destacou que essa política obstaculiza o desenvolvimento de seu país, mas não pode impedi-lo.

Vaillant ofereceu uma entrevista exclusiva ao canal estatal egípcio Nile TV nas vésperas de que a Assembleia Geral da ONU submeta a votação uma resolução apresentada por Cuba sobre a necessidade de pôr fim ao bloqueio econômico, financeiro e comercial estadunidense.

"Os cubanos merecemos viver sem bloqueio; é hora de pôr ponto final a essa política genocida dos Estados Unidos", afirmou o diplomata ao abundar nas variantes de sanção aplicadas pela Casa Branca.

Apontou que "o bloqueio põe travas ao desenvolvimento de Cuba, obstaculiza as relações econômico-comerciais, mas não tem pode quebrar, nem roubar nossos sonhos".

Na opinião de Vaillant, Estados Unidos "em sua arrogância imperial não entendeu o que passa em Cuba e se equivoca em sua proceder para nosso país" que se materializa em multas multimilionárias a entidades bancárias para desalentá-las a negociar com a ilha caribenha.

A crescente perseguição às transações financeiras internacionais de Cuba no último período é uma característica distintiva da aplicação do bloqueio na atual administração norte-americana de Barack Obama, prosseguiu o chefe da delegação antilhana no Cairo.

O embaixador explicou que dado o temor que provoca em alguns essa política, as facilidades em remessas e viagens de cubanos residentes nos Estados Unidos "são insuficientes e não alteram o complexo entramado de leis e regulações concebidos para destruir meu país".

"As perdas acumuladas durante os anos de bloqueio superam os 975 mil milhões de dólares. O impacto destes danos em nossa economia é terrível. Só a unidade de um povo indomable pode enfrentar com sucesso semelhante guerra" imposta desde 1961, afirmou.

Vaillant recordou que "a maioria dos cubanos temos passado toda nossa vida baixo o bloqueio", e se mostrou confiado em que na terça-feira a comunidade internacional estará junto a Cuba na ONU exigindo ao governo dos Estados Unidos o fim do bloqueio.

Com motivo da vigésima votação sobre o tema na ONU, o diplomata também concedeu entrevistas à agência oficial de notícias MENA, os diários The Egyptian Gazette e Ao Ahram, e a revista Watan Arabi, uma das mais importantes do país árabe.

mem/ucl/bj
Modificado el ( lunes, 24 de octubre de 2011 )

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