O programa “La Hojilla”, do canal estatal Venezolana de Televisión (VTV), divulgou na quinta-feira imagens de Fidel Castro “em óptimo estado”, de acordo com o jornalista Mario Silva, que anunciou ter “outra surpresa dentro de alguns meses” do líder cubano.
“O comandante está a trabalhar arduamente, duro, duro, e está acima de toda essa miséria chamada meios de comunicação privados”, explicou Silva, citado na versão online da VTV, sobre as notícias divulgadas pela imprensa de que Castro teria sofrido um derrame cerebral ou que tinha morrido. E disse ainda que dentro de alguns meses haveria outra surpresa do antigo líder cubano.
O jornalista contou que esteve em Havana entre o Domingo e a Quarta-feira e que entrevistou Fidel na sua residência, na Terça-feira, para pôr fim aos falsos rumores que circulavam. “Àqueles que, neste momento, estão a festejar e acreditam que o comandante Fidel teve um derrame, lamento informar-vos mas ele está para as curvas”, assegurou.
As mesmas imagens foram publicadas no site do Governo, e mostram um Fidel Castro débil mas bem de saúde. O líder cubano que não era visto há dois meses, desde que apareceu ao lado do amigo Chávez em Julho quando este recebeu tratamento em Cuba; vestia roupa prática e durante a entrevista ia sorrindo e gesticulando.
A última vez que Fidel surgiu em público foi em meados de Abril, num congresso do Partido Comunista, e não tem escrito desde 3 de Julho nenhuma das suas Reflexiones ou colunas de opinião, publicadas pela imprensa estatal cubana.
Na quinta-feira, o presidente do Parlamento cubano, Ricardo Alarcón, assegurou igualmente que Fidel Castro estava bem. “É do meu conhecimento que ele está em perfeitas condições de saúde. Mariela [sobrinha de Fidel e filha de Raúl Castro] disse recentemente que ele está muito bem, o que é muito bom”, disse Alarcón.
A ausência do antigo líder cubano provocou nas últimas semanas uma onda de especulação no Twitter, onde várias notícias o davam como morto ou quase a morrer. Estes rumores aumentaram quando um colunista político anti-Chávez, do jornal venezuelano El Universal, escreveu, a 30 de Agosto, que a frágil saúde do revolucionário cubano “se complicou” e que estava a receber tratamentos intensivos na sua casa em Havana.
Os boatos sobre a sua morte foram frequentes nas últimas duas décadas, para serem logo desmentidas pela mostra do comandante na televisão. “Fidel disse, há muito tempo, que no dia em que de facto morrer ninguém vai acreditar porque já o mataram tantas vezes, sem sucesso”, contou Alarcón.
Fidel Castro foi o líder da revolução de 1959 em Cuba, e governou o país durante cerca de meio século até entregar a presidência ao irmão mais novo, Raúl Castro, em 2008, por razões de saúde.
Fonte: Público (Portugal)
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