Fonte: ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA JOSÉ MARTI
Tal como em Portugal, terminou em Cuba o período escolar nas 13.700 escolas espalhadas pelo país, iniciando as suas férias prolongadas mais de 3 milhões de estudantes que só regressarão às aulas no dia 1 de Setembro.
Desde o triunfo da Revolução em 1 de Janeiro de 1959 as transformações do sistema educativo cubano têm sido evidentes, iniciando-se com a campanha de alfabetização que reduziu a 3% o analfabetismo, seguindo-se o plano para elevar o nível escolar ao 6.º e ao 9.º ano, até se atingir o 12.º ou superior, tal como existe nos nossos dias.
Todo este processo foi sendo avaliado ao longo dos anos para que se pudessem corrigir os erros e para se acompanharem as novas tecnologias, iniciando-se na última década a introdução de laboratórios informáticos e módulos de meios audiovisuais em todas as escolas e níveis de ensino, incluindo as escolas especiais para crianças incapacitadas ou de conduta desajustada.
Importante também em todo este processo tem sido a formação dos docentes que de forma contínua tem vindo a melhorar com a adaptação às realidades com base em novos métodos pedagógicos a par das novas tecnologias colocadas ao seu dispor.
Alguns ajustamentos foram efectuados e ao nível do ensino primário as transformações determinaram que cada professor tivesse o máximo de 20 alunos e que fosse secundado com outros professores de educação física, de língua estrangeira, de informática e de artes plásticas, para além de se exigir que dessem uma maior relevância ao conhecimento da história e das ciências a nível local, a fim de que cada criança tenha um particular interesse pelo meio onde vive.
Para a educação técnica e profissional foram também introduzidos novos perfis de cada área de especialização, em particular naquelas em que o país mais está carenciado e onde existem mais ofertas de trabalho.
Um outro pormenor interessante é que para cada nível de ensino é distribuído um uniforme diferente e em Cuba não existe uma única escola particular, religiosa ou de outra índole que exclua uma criança, um adolescente ou um jovem por dinheiro, raça, credo ou género, porque todos, sem excepção, têm garantida a sua educação completamente gratuita até que concluam os seus estudos de nível técnico ou universitário.
(Por Celino Cunha Vieira, in Semanário Comércio do Seixal e Sesimbra de 08/07/2011)
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