sexta-feira, 1 de julho de 2011

Crianças cubanas: bem organizadas, representadas e ouvidas

Fonte: PRENSA LATINA

Havana, (Prensa Latina) As crianças e adolescentes cubanos sentem-se hoje bem representados na Organização de Pioneiros José Martí (OPJM), à qual pertencem de maneira voluntária alunos de primeiro a nono ano, como José Luis Ríos.

Na opinião deste educando de 10 anos de idade da capitalina escola primária Jorge Matos, resulta beneficioso poder expressar avaliações na aula e participar em diversas atividades junto a seus contemporâneos.

Recentemente, com uma apresentação teatral recontamos perante o coletivo de nosso centro a vida do campesinado cubano antes e após o triunfo da Revolução em Primeiro de Janeiro de 1959, e assim pude mostrar minhas inclinações para o teatro, contou o pequeno jovem.

Também é fácil encontrar Ríos em qualquer evento esportivo organizado pela escola ou ocupado em tarefas docentes, como também faz seu primo Jairo Mojena, integrante do sétimo ano da escola secundária básica urbana República do Paraguai.


Somamo-nos a quase todas as tarefas, estudamos muito e somos felizes com nossos amigos e professores, alegaram os dois alunos do município de Dez de Outubro, entre os mais povoados de Cuba.

O rendimento dos pequenos a dito agrupamento, surgido em 4 de abril de 1961 e com quase um milhão de integrantes hoje, é acolhido com entusiasmo e alegria pela família todo dia 8 de outubro, manifestou sua presidenta, Yamilé Ramos.

Durante essa data, propícia para recordar o legendário guerrilheiro Ernesto Che Guevara, pais, avôs, tios, irmãos mais velhos e outros familiares vão aos centros educacionais pôr os lenços azuis nos uniformes das crianças.

A OPJM é a primeira organização para as crianças; nela conhecem seus deveres e direitos, pela primeira vez elegem seus representantes e são eleitos. Também têm espaços para opinar, debater e se desenvolver, sustentou a dirigente.

Entrevistada pela Prensa Latina, Ramos ampliou que se dá aos garotos e garotas a oportunidade de participar, se integrar através dos movimentos dos pioneiros em correspondência com seus gostos e interesses, e autodirigir-se, pois propõem, organizam e desenvolvem atividades.

Apontou que na OPJM aprendem a amar a pátria, conhecer a obra da Revolução e seus heróis, e atingir a identidade com seu lema, bandeira, emblema, canções e o exemplo do primeiro pioneiro mártir.

Todos os meses, explicou, são desenvolvidas as assembleias de destacamento conduzidas por seu chefe, que é um pioneiro também, e debatem nessas reuniões os temas de interesse próprio.

Posteriormente, continuou, o referido líder leva as preocupações e propostas dos pioneiros ao conselho de coletivo, que também analisa mensalmente as apreensões e outros pontos importantes.

O chefe de coletivo participa das reuniões do conselho de direção do centro estudantil, onde tem a possibilidade de levar as propostas dos pioneiros e receber uma resposta da instituição.

Também, acrescentou a presidenta, existem outros espaços, desde o nível municipal ao nacional, nos quais os pioneiros não participam diretamente, mas a estrutura adulta que os representa atende suas inquietudes.

Como exemplo de participação, quando interrogada a respeito, Ramos ressaltou a realização do V Congresso de Pioneiros, cujo desenvolvimento a nível nacional aconteceu nos dias 3 e 4 de abril, após um amplo processo de debates desde as estruturas de base.

O principal sucesso desse evento, enfatizou, esteve em que os pioneiros tiveram a oportunidade de contribuir, opinar, sugerir, propor e fazer uma avaliação do destacamento e do coletivo da marcha de seus deveres, sobretudo o estudo.

Considerou que o Congresso não foi só uma reunião nacional com a presença de 300 delegados, mas o resultado do amplo debate gerado na base -"onde temos que transformar e melhorar"-, prévio à última reunião.

Opinou que o encontro também aproximou mais os pioneiros de sua responsabilidade com o futuro de Cuba quanto à formação vocacional e à necessidade de se preparar para responder às necessidades do país.

Os debates, destacou, estimularam a buscar mais informação, interessar-se por ofícios e profissões, conhecer sobre peculiaridades de seu território e comunidade, e serviu também para elevar o compromisso das crianças com o futuro, como eles propuseram.

Sobre o curso escolar 2010-2011, a dirigente avaliou que foi um período letivo diferente, com muita alegria e responsabilidade dos pioneiros.

Celebramos, referiu, os 50 anos da OPJM, efetuamos o V Congresso dos Pioneiros, comemoramos o meio século da aplastante vitória sobre o imperialismo estadunidense em Praia Girón e a declaração do caráter socialista da Revolução Cubana.

Tudo isso foram motivações muito importantes e os pioneiros participaram de diferentes maneiras, o que gerou um amplo movimento de atividades em nossos coletivos e metas traçadas em diversas esferas, afirmou.

(*) O autor é jornalista da Redação Nacional da Prensa Latina.

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