domingo, 17 de abril de 2011

Raúl Castro denuncia que bloqueio dos EUA se intensifica

Fonte: Efe / O Estado de São Paulo

HAVANA - O presidente cubano, Raúl Castro, denunciou neste sábado, 16, que o bloqueio dos Estados Unidos contra a ilha se intensificou sob a Presidência de Barack Obama, apesar de ter considerado algumas medidas "positivas, mas sumariamente limitadas".

Castro afirmou na inauguração do VI Congresso do governante Partido Comunista da ilha que a atual Presidência americana "não mudou sua política tradicional dirigida a desacreditar e derrubar a Revolução (...)".

"Pelo contrário, continuou o financiamento de projetos para promover diretamente a subversão, provocar a desestabilização e interferir em nossos assuntos internos", acrescentou.


Em particular, disse que a política de Washington aplicada contra a ilha desde 1962, aumentou "nas transações bancárias, ignorando a condenação quase unânime da comunidade internacional, que veio pronunciando crescentemente por sua eliminação durante 19 anos consecutivos".

No entanto, o presidente cubano reconheceu que o Governo de Barack Obama "decidiu algumas medidas positivas", mas as qualificou de "sumariamente limitadas".

Também aproveitou para denunciar que o Governo americano "não cessou de amparar ou proteger terroristas", e que "prolonga o sofrimento e a injusta" com a prisão de cinco agentes cubanos condenados nos EUA por espionagem, considerados inocentes por Cuba e os qualifica de "lutadores antiterroristas".

"Sua política em relação a Cuba não tem credibilidade nem sustento moral algum. Para tentar justificá-la, defendem pretextos incríveis que, ao se tornarem obsoletos, vão mudando segundo a conveniência de Washington", acrescentou.

Também advertiu aos EUA que "se desejam continuar a sua política de hostilidade, bloqueio e subversão, Cuba está preparada para continuar enfrentando-a".

Raúl Castro reiterou a disposição de Cuba ao diálogo e a assumir o desafio de sustentar uma relação normal com os Estados Unidos, sempre que possa conviver de maneira civilizada com suas diferenças, sobre a base do respeito mútuo e a não ingerência nos assuntos internos.

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