Por iniciativa do vereador Jamil Murad (PCdoB), a Câmara Municipal de São Paulo (SP) promoveu, nesta segunda-feira (25), um ato em homenagem aos 50 anos da vitória do povo cubano contra os Estados Unidos na batalha de Praia Girón. A iniciativa contou com a presença de representantes de diversos movimentos sociais e de partidos políticos, além da presença do cônsul de Cuba, Aldo Fidel Amaro.
Coube ao diplomata cubano a tarefa de realizar uma breve exposição sobre a importância dos 50 anos da batalha de Praia Girón. A invasão teve início com um bombardeio repentino às bases aéreas cubanas, mas bastaram 72 horas para que o povo cubano vencesse a brigada mercenária treinada durante meses pela CIA. No enterro das vítimas do ataque, Fidel Castro proclamou o caráter socialista da revolução — caminho que já vinha se desenhando por meio das medidas tomadas pelo novo governo desde o final dos anos 1960.
Para Aldo Fidel, desde o episódio de 50 anos atrás, ficou evidente para todos os cubanos que “a defesa da pátria socialista é um dever de toda a população”. De acordo com o cônsul, os recentes resultados do 6º Congresso do Partido Comunista de Cuba, realizado neste mês, mostram que o povo de seu país “deseja seguir lutando unido para mostrar que a Revolução garantirá o futuro do país”.
Aldo fez questão de destacar a histórica relação de amizade e cooperação existente entre os povos do Brasil e de Cuba. “Quando falamos do futuro da Revolução, sabemos que continuaremos com o apoio dos brasileiros e de outros lutadores latino-americanos”, afirmou o cônsul. “Sabemos que vocês entendem nossas dificuldades e sentimentos.”
Para Jamil Murad, o episódio de Praia Girón mostra não apenas a disposição dos cubanos em construir um novo país como também o caráter da ofensiva estadunidense para minar o caminho socialista escolhido pela Ilha. “Quando vemos o que países como os Estados Unidos, a França, a Inglaterra e outros estão fazendo no Oriente Médio, aí é que vemos a importância do que houve há 50 anos em Praia Girón”, afirmou.
Luta pela paz
Socorro Gomes, presidente do Cebrapaz e do Conselho Mundial pela Paz, destacou a histórica determinação do povo cubano pela defesa da soberania e autodeterminação de sua pátria. “Essa histórica vitória em Praia Girón significa muito para nós, que lutamos pela paz”, disse.
Para Socorro, até hoje, depois de cinco décadas, a luta travada contra os mercenários treinados pela CIA tem uma importância extraordinária. “A batalha demonstrou a grande força moral e toda a força política de um povo. Sem essa vitória, talvez a situação da América Latina atualmente fosse outra, muito pior.” Segundo a presidente do Cebrapaz, a solidariedade a Cuba é uma tarefa que enobrece a todos os que lutam pela paz mundial — mas as ações do imperialismo ainda ameaçam toda a humanidade. “Não haverá paz enquanto não vencermos aqueles que promovem a guerra.”
Já Nivaldo Santana, vice-presidente nacional da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), reafirmou os laços do movimento sindical brasileiro com o povo cubano. Ele se solidarizou à importante homenagem pelos 50 anos da batalha contra o imperialismo.
João Batista Lemos, recém-eleito vice-presidente da Federação Sindical Mundial (FSM), destacou a histórica força moral do povo cubano. “A defesa da Revolução e de seu caráter socialista fez com que em menos de três dias as forças invasoras fossem derrotadas no campo de batalha, tendo à frente de seu povo o comandante-em-chefe Fidel Castro”, destacou Batista.
O dirigente da FSM — que também é secretário adjunto de Relações Internacionais da CTB — reafirmou sua confiança nos resultados do Congresso do PCC. “Estamos certos de que o povo cubano sabe para onde ruma. Estamos convencidos de que mais uma vez o povo cubano nos deu uma lição.”
Com o apoio do Vermelho, o ato na Câmara contou, ainda, com a presença de Max Altman, membro da Secretaria Nacional de Relações Internacionais do PT; Nádia Campeão e Wander Geraldo — que presidem, respectivamente, os comitês estadual e municipal do PCdoB-SP; André Tokarski, presidente nacional da UJS (União da Juventude Socialista); e Vivian Mendes, do Movimento Paulista de Solidariedade a Cuba.
Fonte: Vermelho
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