Fidel escreve sobre alimentos e biocombustíveis

A matéria que reproduzimos abaixo, da Rádio Havana, refere-se a mais recente reflexão do Companheiro Fidel (não contamos ainda com sua versão em português), onde, além de discutir a questão alimentar, Fidel fez  autocríticas ao processo revolucionário.

 Bastou para que a imprensa lacaia estampasse em suas manchetes: "Fidel Castro admite erros na revolução cubana" (a matéria mais divulgada aqui).

Este suposto espanto revela um dos dois aspectos da imprensa citada: ou usa qualquer coisa para tentardesqualificar Cuba (até mesmo as palavras do Comandante em Chefe), ou desconhece completamente a realidade cubana (Ora, Fidel fazer autocrítica do processo revolucionário é para qualquer cubano algo comum)

A comunidade internacional deve escolher entre alimentos e biocombustíveis, afirma Fidel

Fonte: Rádio Havana.

Havana, 20 janeiro (RHC).- O líder da Revolução Cubana Fidel Castro afirma que a comunidade internacional deve escolher entre alimentos e biocombustíveis. Em sua reflexão É hora de fazer alguma coisa, o líder cubano adverte: se os milhões de toneladas de soja e milho utilizados para fabricar biocombustíveis fossem destinados à produção de alimentos, a subida de preços pararia, e os cientistas poderiam recomendar fórmulas que detivessem e revertessem até a situação.

Lamentando o tempo perdido, Fidel Castro se referiu à crise dos alimentos originada por acontecimentos econômicos e mudanças climáticas que, aparentemente, já são irreversíveis devido à ação do homem. Nessa direção, exortou a enfrentar rapidamente a situação.

“O pior é que boa parte das soluções dependerá dos países ricos e desenvolvidos”, sentenciou o líder da Revolução Cubana. E deixou claro que essas nações acabarão não tendo condições de enfrentar o problema sem que se desmorone o mundo que trataram de moldar aos seus interesses egoístas.

Fidel recordou que mais de 80 países do Terceiro Mundo estão ameaçados pela fome, e mencionou diferentes informações de imprensa que divulgam advertências das Nações Unidas e personalidades internacionais sobre o risco de uma nova crise dos alimentos devido aos elevados preços derivados das dificuldades econômicas.