Fonte: Prensa Latina
O navio francês "Ile de Batz" começa nesse sábado (22/01) a instalação de um cabo submarino de fibra óptica da Venezuela até - Cuba que vaio permitir melhorar a conexão internacional do país antilhano com o mundo.
O presidente da República Bolivariana da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou na sexta-feira, durante um encontro com a militancia do Partido Socialista Unido da Venezuela (Psuv), que com essa iniciativa se deixará de depender dos Estados Unidos para a interconexão e se estabelecerá uma rede de comunicações segura e confiável.
Cuba se liga à internet por satélite desde 1996 com uma banda larga que lhe permite apenas 379 megabytes, no primeiro instante, e 209 na saída.
O bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto Washington há mais de meio século imposibilitada a Ilha de acesso ao cabo de fibra óptica.
"São 1.600 quilômetros de união, de integração, entre nossos povos", sublinhou Chávez, no sábado passado, durante a exposição dos resultados de seu gerenciamento em 2010, ante a Assembléia Nacional.
Talvez no futuro chegue "aos mesmos Estados Unidos", disse ao afirmar que "em algum dia acabará esse bloqueio a Cuba injustificado, terrível, arbitrário, do governo mais poderoso do mundo sem nenhuma razão".
Este projeto está enquadrado na Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (Alba), na qual Cuba e Venezuela celebraram a criação de uma empresa mista sob o nome de Telecomunicações Grande Caribe S.A. (TGC).
Chávez autorizou em 15 de outubro de 2007 a criação dessa empresa mista para o desenvolvimento do Sistema de Cabo Submarino entre os dois países, mediante o Decreto nº 5.635 publicado no Diário Oficial nº 38.791.
O sistema vai ser gerenciado por ambas partes, durante 24 horas dos sete dias da semana, e controlado em sua totalidade por pessoal técnico especializado das duas nações.
A linha, com cerca de 1.600 quilômetros de longitude, se extenderá desde La Guaira, no estado de Vargas, até a praia Siboney, na província oriental de Santiago de Cuba. Mais tarde, se montará um segundo trecho de 200 km que unirá a Ilha com a Jamaica.
O cabo, uma vez instalado, propiciará a Cuba multiplicar por 3 mil a velocidade de transmissão de dados, imagens e voz, com uma banda larga de 640 gigabytes e capacidade para 10 milhões de transmissões telefônicas simultâneas.
A instalação, a um custo de 70 milhões de dólares, está a cargo da empresa franco-chinesa Alcatel Shanghai Bell.
Depois de um minucioso estudo determinou-se que nas zonas mais profundas como a Fossa de Bartlett, no sul de Santiago de Cuba, o cabo levará um revestimento especial com cordas de aço que lhe darão maior resistência às pressões e correntes oceânicas.
A cobertura também o protegerá de possíveis ataques de animais.
Seu serviço será totalmente protegido, com recuperação em caso de falhas, que incluem a ruptura do cabo. Contará com capacidades facilmente escaláveis e interconectadas, de acordo com as necessidades de crescimento.
O presidente Chávez explicou que no futuro terá conexão aberta para países do Caribe e da América Central, como República Dominicana e Haiti, entre outros.
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