sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Cuba: Bloqueio dos EUA viola direitos humanos

Cuba: Bloqueio dos EUA viola direitos humanos  

Havana, 10 dez (Prensa Latina) O bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos contra Cuba viola flagrantemente os direitos humanos dos habitantes da ilha.

  Ao celebrar-se neste 10 de dezembro o Dia dos Direitos Humanos, os cubanos recordam também os estragos que em matéria socioeconômico e, especialmente, em setores tão sensíveis como a saúde, tem ocasionado essa política.

Com 187 votos a favor, dois contra e três abstenções, a Assembleia Geral das Nações Unidas ratificou em outubro deste ano sua denúncia ao cerco que dura quase 50 anos e já custou a Cuba 751 bilhões 363 milhões de dólares.

Durante a análise nesse órgão internacional do tema sobre a necessidade de pôr fim a essa política, o chanceler cubano, Bruno Rodríguez Parrilla, denunciou que o bloqueio é um ato hostil e unilateral que deve cessar unilateralmente.

Assinalou que em 2010 o cerco se intensificou e seu impacto cotidiano continua sendo visível em todos os aspectos da vida em seu país, com consequências particularmente sérias em esferas como a saúde e a alimentação.

Por exemplo, as crianças cubanas não podem dispor do medicamento Sevofluorane, o mais avançado agente anestésico geral inalatório, porque a seu fabricante, a companhia norte-americana ABBOT, é proibida a venda à ilha.

Também não é possível adquirir o Tomógrafo de Coerência �"ptica (OCT) para exames de retina e do nervo óptico da empresa alemã Carl Zeiss por ter componentes fornecidos pela companhia norte-americana Humphrey.

O chanceler aludiu às onerosas e discriminatórias condições prevalecentes para as compras de alimentos norte-americanos, que supostamente se amparam em uma exceção humanitária, enquanto se violam todas as normas do comércio internacional.

Ressaltou igualmente o recrudescimento da perseguição contra os bens e ativos cubanos e contra as transferências comerciais e financeiras da e para a nação caribenha ou que envolvem instituições e indivíduos estabelecidos em seu território.

O mais recente relatório da ilha à Assembleia Geral das Nações Unidas sobre a necessidade de pôr fim ao bloqueio fez referência aos impactos negativos dessa política na área da Educação.

Cuba não pôde obter o equipamento necessário para a habilitação de 60 aulas terapêuticas destinadas a crianças com deficiência motoras, por não ter acesso ao mercado norte-americano e recorrer a outros mais distantes e caros.

A Universidade de Havana tem visto limitado seu serviço a professores e estudantes em seus acessos a Internet, por fazer isso a partir de um site em Cuba.

Isto acontece, por exemplo, com a atualização de softwares como o JAVA, da empresa Sun Microsystem.

Muitos são os aspectos nos quais o bloqueio impede os cidadãos de desenvolver suas potencialidades, porém ressaltam aqueles onde o direito elementar à vida é negada, inclusive aos menores, pelo simples fato de terem nascido na ilha.

Os cubanos ratificam hoje que a Revolução lhes permitiu o desfrutamento de seus direitos humanos, civis, culturais, econômicos, sociais e políticos, apesar da permanência dessa política norte-americana.

asg/as/es

Nenhum comentário:

Postar um comentário