O herói cubano Che Guevara foi escolhido para marcar o aniversário de 15 anos de criação do Núcleo de Estudos Cubanos (Nescuba), da Universidade de Brasília (UnB). A Exposição “Che Vive - a solidariedade internacionalista”, aberta nesta segunda-feira (22), na Biblioteca Central da Universidade de Brasília, fica em cartaz até o dia 2 de dezembro, divulgando as ações e práticas do Nescuba.
Fonte: Vermelho
Exposição comemora 15 anos do Núcleo de Estudos de Cuba da UnB A exposição fala, por meio de cartazes e fotos, do internacionalismo defendido por Che. |
Segundo a coordenadora do Núcleo, Maria Auxiliadora Cesar, a Dora, que está no Núcleo desde a sua criação e é uma apaixonada pela Revolução Cubana, o Nescuba alcançou e ampliou seus objetivos: “Foi num crescendo”, diz, destacando que antes eram apenas sete professores e hoje o trabalho de atividades acadêmicas, culturais e de solidariedade, envolve toda a sociedade brasiliense.
Para exemplificar, ela cita as várias publicações de responsabilidade do Núcleo, culminando com a tradução do livro de José Martí, “Nossa América”, como parte do acordo de cooperação entre UnB e Centro de Estudos Martianos, de Havana. E anunciou para breve o trabalho de recuperação da memória histórica do movimento brasileiro de solidariedade à Cuba, destacando um criada em 1961, que foi suspenso pelo golpe militar.
De um modo geral, explica Dora, o Nescuba desenvolve ações relacionadas à difusão da realidade cubana e ao intercâmbio brasileiro-cubano. Para a realização de suas atividades reúne professores, pesquisadores e estudantes da UnB e de outras instituições, assim como pessoas interessadas no estudo de aspectos da realidade cubana, no intercâmbio Brasil-Cuba e no fortalecimento da solidariedade entre os dois países.
Homenageado
A exposição de Che para comemorar a data foi um feliz coincidência, explica Dora. Ela disse que a exposição foi montada em 2008 pela Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), gentilmente cedida à UnB, que fala, por meio de cartazes e fotos, do internacionalismo defendido por Che, inclusive o africano, onde ele esteve.
O regime cubano ainda hoje homenageia Che Guevara. Em 1997 seus restos mortais foram encontrados por pesquisadores numa vala comum, junto a outras ossadas, na cidade de Vallegrande, na Bolívia, a cerca de 50 km de onde ocorreu a sua execução. Sua ossada estava sem as mãos, que foram amputadas (para servir como troféu) logo após a sua morte.
Os restos mortais de Che foram transferidos para Cuba, onde em 17 de outubro deste mesmo ano foram enterrados com honras de Chefe de Estado, na presença de membros da sua família e do líder cubano e antigo companheiro de revolução Fidel Castro.
Seu mausoléu em Santa Clara atrai, todos os anos, milhares de visitantes, muitos dos quais estrangeiros. Na localidade onde foi assassinado em 1967, ergue-se atualmente uma estátua em sua homenagem.
Sua imagem mítica, feita pelo artista plástico irlandês radicado nos Estados Unidos Jim Fitzpatrick a partir da foto tirada por Alberto Korda, divulgada pela revista Paris Match, em 1967, pouco antes de sua morte, se tornou a segunda imagem mais difundida da era contemporânea, atrás apenas de uma imagem de Jesus Cristo. Essa é a imagem reproduzida em camisetas e pôsteres que todos conhecemos.
De Brasília
Márcia Xavier
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