quinta-feira, 2 de setembro de 2010

OS CINCO SÃO CONDECORADOS

Condecoram no Brasil aos cinco antiterroristas cubanos
por Alejandro Gómez

Rio de Janeiro, 1 set (Prensa Latina) A Casa da América Latina do Brasil condecorou hoje com a medalha Abreu e Lima os cinco cubanos lutadores contra o terrorismo, presos injustamente nos Estados Unidos há quase 12 anos.

Em cerimônia efetuada no auditório Gastão Henrique Sengés, da Sociedade de Engenheiros e Arquitetos do Estado do Rio de Janeiro, Gerardo Hernández, Ramón Labañino, Fernando González, Antonio Guerrero e René González mereceram o reconhecimento da entidade solidaria brasileira por defender não só a sua pátria, senão a todo o planeta de atos terroristas.


Apesar de que não se lhes provou o delito de espionagem, os cinco cubanos foram condenados a longas penas de prisão pelo fato de informar a seu país dos atos terroristas da extrema direita anticubana residente em Miami, indica o texto da condecoração a Gerardo, Antonio, Fernando, Ramón e René.

Denuncia que a grande imprensa mundial, que acusa injustamente a Cuba de infringir os direitos humanos, jamais se manifestou sobre a gigantesca arbitrariedade que comete os Estados Unidos com os cinco lutadores cubanos contra o terrorismo.

Ao entregar a medalha ao conselheiro e segundo chefe da missão diplomática cubana no Brasil, Alexis Bandrich, o médico brasileiro e membro da Casa da América Latina Murilo Alves apontou que "as medalhas são importantíssimas, mas insuficientes para a grandeza desses heróis hoje homenageados".

Temos que sair deste recinto comovidos por tanta injustiça cometida e nos organizar para libertar a Gerardo, Ramón, Fernando, René e Antonio, sustentou Alves.

Ao agradecer a distinção aos Cinco, como são conhecidos internacionalmente, o diplomata cubano felicitou à Casa da América Latina por seu terceiro ano de vida e reconheceu o importante trabalho que realiza por promover o conhecimento e a integração de Nossa América.

Recordou que no próximo dia 12 de setembro completam 12 anos de uma das injustiças maiores da história, pois cinco homens foram detidos e depois condenados por lutar contra o terrorismo que se desata impunemente contra Cuba desde o sul da Flórida.

Depois de exaltar que os Cinco converteram sua vida em um magistério de dignidade, humanismo, coragem e luta, Bandrich denunciou que são muitas as coisas que realmente não têm uma base racional neste caso.

"Só há um modo de se explicar tantas arbitrariedades e violações: nos Cinco se descarga todo o ódio e a raiva da que somos destinatários os cubanos há mais de 50 anos pela ousadia de tentar nos construir um destino próprio a 90 milhas do império mais poderoso do mundo", assinalou o diplomata.

O que se castiga é o direito de Cuba a se defender, sua resistência em frente à política norte-americana, indicou e agregou que no próximo dia 11 começa a quinta Jornada Mundial de Solidariedade com Os Cinco, uma nova oportunidade para exigir ao governo norte-americano que termine com esta enorme injustiça.

A melhor homenagem aos Cinco Heróis é seguir lutando por sua libertação. O que nos fica é seguir, como disse Bolívar: lutando com perseverança, constância, sabedoria, vontade, por sua libertação, que é lutar pela libertação plena de nossos povos, sublinhou.

Nesse sentido destacou a importância da campanha mundial para exigir ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que ponha fim a essa injustiça, pois ele tem a possibilidade e faculdade legal para, com sua assinatura, decidir a libertação dos cinco cubanos lutadores contra o terrorismo.

A medalha leva o nome de José Inácio de Abreu e Lima (1794-1869), nascido em Recife, no estado brasileiro de Pernambuco, e que foi um dos generais do Libertador da América, Simón Bolívar.

Durante o ato também mereceram similar condecoração o presidente de Venezuela, Hugo Chávez, o grupo de Pando, Bolívia, que recusou a ajuda da entidade oficial norte-americana, e os brasileiros João Luiz Duboc Pinaud, por sua destacada trajetória como advogado, e o cineasta e historiador Silvio Tendler.

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