sábado, 18 de setembro de 2010

Hoje na história cubana: início da visita de Fidel a Nova York

Hoje na História - 1960: Um ano após revolução, Fidel Castro visita Nova York
Fonte original: Ópera Mundi

O comandante Fidel Castro visita em 18 de setembro de 1960 a cidade norte-americana de Nova York, em sua primeira visita aos Estados Unidos após o triunfo da Revolução cubana.

Lá ele participou como chefe da delegação de seu país da Assembléia Geral das Nações Unidas. A visita de Fidel despertou sentimentos opostos de admiração e de indignação de vários setores da sociedade norte-americana, chegando ao auge com seu longo discurso na ONU em 26 de setembro.

Durante a estada em Nova York Fidel encontrou-se com numerosos líderes afro-americanos, inclusive Malcolm X da Nação do Islã e o poeta Langston Hughes, sendo recebido com entusiasmo nas reuniões e nos templos dos negros norte-americanos.

Por mais de quatro horas, o comandante cubano fustigou a política de Washington em relação a Cuba e outras nações da América Latina, África e Ásia. Os Estados Unidos, exclamou, “decretaram a destruição” de seu governo revolucionário.

À época em que Fidel chegou à Nova York em setembro de 1960, as relações entre os EUA e Cuba vinham se deteriorando rapidamente. Com o discurso, elas  chegaram a um fim. Desde a tomada do poder em 1º de janeiro de 1959, Fidel enfurecera o governo de Washington com sua política de nacionalização das companhias e dos investimentos norte-americanos na ilha caribenha.

Altos funcionários norte-americanos, como o vice-presidente Richard Nixon, acreditavam que Fidel estava se inclinando perigosamente em direção ao comunismo. Entretanto, Fidel somente no ano seguinte viria a proclamar o caráter socialista da revolução e no final do mesmo ano, ele pessoalmente se declararia marxista-leninista.

União Soviética

Em março de 1960, o presidente Dwight D. Eisenhower ordenou à CIA que começasse a treinar exilados cubanos com o fim de derrocar o govenro de Fidel. Quando os EUA suspenderam a importação de açúcar cubano em 1960, o governo de Havana voltou-se para a União Soviética, para firmar um acordo de assistência econômica. Os soviéticos mostraram-se alegremente forçados a tal compromisso.

Em janeiro de 1961, a administração Eisenhower cortou oficialmente todas as relações diplomáticas com Cuba.

Baía dos Porcos

Em abril de 1961, pouco tempo após a posse, o presidente John F. Kennedy ordenou a invasão da Baía dos Porcos. Uma força militar formada pelos exilados cubanos no estado da Flórida, armada e treinada pela CIA, desembarcou em Cuba.

O ataque foi um estrondoso fracasso. As tropas cubanas em menos de 72 horas derrotaram os invasores, causando-lhes centenas de baixas e mais de mil prisioneiros. O poder de Fidel e da Revolução se consolidou após a vitória em Playa Girón, o que ele considerou como a primeira derrota do imperialismo em terra latino-americana.

Fidel Castro manteve-se como chefe indiscutido do governo cubano por quase meio século. Ao mesmo tempo, as relações com o poderoso vizinho permaneceram tensas. No final de julho de 2006, por razões de saúde, cedeu temporariamente seu posto ao irmão, Raúl.

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