sábado, 25 de setembro de 2010

Fidel diz o que faria se fosse um venezuelano, amanhã...

Reflexões do Companheiro Fidel
Tradução: Robson Luiz Ceron - Blog Solidários.

Se eu fosse venezuelano.

Amanhã é um dia importante para a Venezuela. Realizaram as eleições para escolha dos 165 membros do Parlamento. E sobre este importante evento se trava uma batalha histórica.

O tempo não ajudará. Chuvas fortes estão açoitando o solo que foi berço do Libertador.

O excesso de chuva afeta mais os pobres. São eles que têm as casas mais modestas, vivem em bairros historicamente negligenciados, de difícil acesso, estradas precárias e menos trânsito. Quando as águas invadem suas casas, perdem tudo. Eles não têm casas seguras e confortáveis dos ricos, avenidas largas e amplos meios de transporte.

Esta não é uma eleição presidencial. Nas eleições para o parlamento, a população se mobiliza pouco e não dão grande importância.

Em geral, onde o imperialismo domina e a oligarquia oportunista recebe uma parte suculenta de bens e serviços nacionais, as massas não têm nada a ganhar ou a perder e, em regra, não estão nem aí para as eleições. Nos Estados Unidos, nem sequer as eleições presidências mobilizam mais do que 50% das pessoas com direito a voto.

Por que em mudança, seus enormes recursos midiáticos se voltam desta vez contra a Venezuela e submetem a um bombardeio implacável, de calúnias e mentiras, o governo revolucionário bolivariano?

Não tentarei acumular argumentos para convencer um bravo e valente povo como o venezuelano. Eu vi as mobilizações populares e o fervor de milhões de pessoas, especialmente as mais humildes e combativas, que tiveram o privilégio de experimentar uma nova fase na história de seu país, que devolve ao seu povo as riquezas da Venezuela. Sua pátria já não é uma nação de analfabetos, onde milhões de homens, mulheres e crianças sobrevivem em extrema pobreza.

Eu não vou falar da experiência vivida por Cuba, da qual falam 50 anos de resistência heróica contra o bloqueio e os crimes hediondos do Governo dos Estados Unidos.

Eu simplesmente lhes direi o que faria se eu fosse um venezuelano.


Eu enfrentaria as chuvas, e não permitiria que o império tivesse delas vantagem alguma; lutaria junto com os meus vizinhos e familiares para proteger pessoas e bens, mas não deixaria de ir votar como um dever sagrado: a hora que fosse, antes, durante ou depois da chuva, enquanto houver uma urna aberta.

Estas eleições são de enorme importância e o império sabe disto: ele quer enfraquecer a força da Revolução, limitando suas capacidades de lutar, para privá-la dos dois terços da Assembleia Nacional, a fim de facilitar os seus planos contra-revolucionários, aumentar a sua campanha vil e o número de bases militares em torno da Venezuela, cercando-a com as armas mais letais do narcotráfico internacional e da violência.

Se houver erros, não renunciaria jamais a oportunidade que a Revolução oferece para corrigir e superar os obstáculos.

Se eu fosse venezuelano, mesmo com raios e trovões, lutaria até o impossível para tornar 26 de setembro um dia de uma grande vitória.

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