Havana, 23 ago (Prensa Latina) O líder da Revolução cubana, Fidel Castro, advertiu que o uso mínimo das armas nucleares em uma só guerra parcial poderia levar o planeta ao inverno nuclear.
Em conversa com jornalistas habituais do espaço radiotelevisado Mesa Redonda, difundida pelo site Cubadebate, Fidel Castro indicou que apenas uma guerra parcial, por exemplo, entre a Índia e Paquistão, "somente essa guerra entre dois países frágeis nuclearmente, poderia produzir esse inverno".
Cientistas nucleares cubanos asseguram que são 25 mil os artefatos nucleares e eu tenho falado de que têm uma potência 450 mil vezes similar à que destruiu Hiroshima", alertou.
O Comandante em Chefe afirmou que sobre a base das 25 mil armas nucleares, basta 0,0004 por cento das bombas existentes para levar ao planeta ao inverno nuclear.
Ao comentar sobre a possibilidade de um ataque iminente no Golfo Pérsico, indicou que "os que estão dispostos ao que seja -Israel-. Outros estão dispostos a enfrentar um governo nuclear -o mundo mais horrível que se poderia conceber é o que quer impor o grupo de milionários..."
Fidel Castro falou assim sobre o papel da Rússia e a República Popular da China nesse conflito e disse que sim ambas nações se juntam para dizer ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que pode evitar o conflito, isso seria uma enorme força.
"Ele tem um poder constitucional (em alusão a Obama). Ele pode decidir. Tem uma Constituição que lhe dá o direito de ser o primeiro que aperte o gatilho. Mais nada. Só pode pedir uma coisa. Pode pedir a paz.", afirmou.
"Está por ver o que vai ocorrer. Os políticos norte-americanos andam percorrendo o mundo e não sabem como o compor. Tem um enredo armado! E como 20 cabos cruzados. Se utilizam as armas nucleares, se desenrola tudo. Há que o evitar. É uma situação nova", apontou."
Obama continua com o dedo no gatilho e não dispõe de muito tempo para tomar a decisão. Evitemos que o faça. Tudo o que há que fazer, há que o fazer agora.", afirmou o Comandante em Chefe.
Sobre a posição do povo da República Islâmica do Irã o líder revolucionário cubano sentenciou "Os iranianos acham que os israelenses não se vão atrever, porque seria uma loucura muito grande, e a eles (os iranianos) a morte não os assusta".
"Mas de todas formas a Israel lhe parece horrível que os iranianos estejam tão próximos de possuir a arma nuclear, não importa quando. Como se demoram três anos. É algo intolerável para os israelitas. E essa é uma razão para atacar, se não atacam os ianques", advertiu Fidel Castro.
Considerou que no complexo xadrez político no qual se joga o destino da espécie humana Estados Unidos está em xeque mate por mais inteligente que seja, e advertiu que o sistema derrubará o mesmo se há guerra como se não.
"Todos têm que se desarmar. Quando se desarmem desaparece o império. Ninguém pode dizer como vão ser as coisas. O único que podemos dizer é como não podem ser as coisas... Ninguém vai reviver após o risco de uma guerra nuclear. Vão construir armas nucleares outra vez? Para que?", destacou.
Ao responder sobre a situação do sudeste asiático apontou que "Os coreanos disseram a verdade aos chineses: eles não afundaram o Cheonan. Mas quando jogam a culpa neles, reagem dizendo que não se vão deixar destruir. Eles podem converter Seul em um mar de chamas... Não vão deixar dar o primeiro golpe, depois que a guerra exploda no Irã porque sabem que de imediato os atacarão. Seguro. Disso não se pode ter a menor dúvida."
Sobre o assuntos regionais explicou que Colômbia e México podem influir para que mudem os acontecimentos no hemisfério, onde não contava nas guerras do passado, mas que hoje teria sua quota de sofrimento e perdas pelo vínculo com o país mais poderoso e onde se assentam algumas das principais forças do poder mundial.
O líder da Revolução cubana fez referência às reais possibilidades que se criam para a libertação dos cinco antiterroristas da ilha caribenha presos em cárceres estadunidenses desde 1998.
Fernando González, Ramón Labañino, Antonio Guerrero, Gerardo Hernández e René González cumprem severas condenações por informar sobre planos de ações violentas contra Cuba organizados por grupos terroristas em território norte-americano.
Fonte: PRENSA LATINA
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