Mesa da Convenção Brasileira de Solidariedade a Cuba, 2010 | Foto: Blog Solidários |
Por Beto Almeida na Carta Maior
Com uma aula pública de salsa no Bric da Redenção, em Porto Alegre, foi encerrada neste domingo a XVIII Convenção Nacional de Solidariedade a Cuba. Centenas de portoalegrenses, crianças, jovens e os de juventude acumulada, dançaram a linda canção Iolanda, de Pablo Milanez, e a versão salsera com dançarinos cubanos. Talvez pela generosidade da pauta em debate, a solidariedade, o sol espantou o frio e trouxe um brilho que, apesar do boicote anti-jornalístico da mídia local, fez reluzir enormes possibilidades para novas e mais amplas ações cooperativas e coordenadas entre Cuba e Brasil, permitindo expandir e dar visibilidade às ações solidárias que a pequena ilha caribenha já vem oferecendo à humanidade, espalhando médicos, professores e cientistas por todos os lados.
Talvez seja esta a grande diferença que o movimento da solidariedade brasileira a Cuba esteja incorporando às suas ações, fazendo surgir uma nova e renovada agenda de ações e de lutas. Sem deixar de fazer as imprescindíveis denúncias ao ilegal bloqueio estadunidense, que deve ser extinto, e exigindo a libertação imediata dos 5 cidadãos cubanos ilegalmente presos nos EUA, a agenda pode ser enriquecida em razão do avanço do um processo de integração latino-americano impulsionado por governo populares, o que permite que muitas outras iniciativas criativas e de cooperação sejam incorporadas à esta agenda.
Desde que as relações entre Brasil e Cuba foram reatadas, em 1986, no governo Sarney, elas vieram mantendo um rítmo talvez marcado por uma certa timidez, com alcance e volume muito inferiores ao potencial que os dois países, face a inúmeras compatibilidades e possibilidades de cooperação, vinham de fato experimentando. Esta realidade muda qualitativamente com a chegada de Lula à presidência da República. Basta lembrar a presença de Fidel Castro em sua posse e participação do comandante na posse do ministro da Educação, Cristovam Buarque, o que sinalizava claramente que todo o avanço educacional cubano poderia ser útil para alavancar um forte salto na educação brasileira. O recado era claro. Agora estão presentes as condições para que todos os empecilhos a uma cooperação com toda força seja implementada. Isto, certamente, compõe uma nova agenda para a solidariedade, pois esta vê repentinamente com enormes possibilidades de tomar novas iniciativas, a partir do fato de ter um presidente que defende mundialmente a Revolução Cubana.
Memória
O interessante é que esta solidariedade entre os dois países inclui a recuperação da memória. Este foi o tema de um dos painéis na Convenção, pois garimpar, recuperar e preservar a memória é tarefa de enorme importância. A começar por dar consciência ao povo brasileiro e ao mundo que esta solidariedade brasileiro-cubana começa com a presença de dois brasileiros, cariocas, mulatos, que lutaram no exército de José Marti e lá morreram, transformando-se em semente poderosa que revela a generosidade dos povos, capazes de se irmanar nos momentos cruciais. Assim foi também com a incorporação do General Abreu e Lima no Exército Libertador de Simon Bolívar, tornando um dos heróis da Gran-Colômbia! Brasileiros também lutaram contra Franco na Guerra Civil Espanhola!
Foi registrado e isto está sendo compilado para publicação, que na década de 50, exilados cubanos chegaram a colocar uma faixa “Cuba Libre!” no Pão de Açúcar. E logo após o martírio de Vargas, sua Carta Testamento, que circulou o mundo, foi lida com grande atenção e sensibilidade pelos revolucionários do Movimento 26 de Julho que estavam nas tenebrosas prisões de Fulgênio Batista. Tomaram aquele documento com toda sua dimensão histórica e como uma mensagem antiimperialista lançada ao mundo!
Após a chegada do Exército Rebelde ao poder em Havana, uma das primeiras medidas da Revolução foi a Campanha de Alfabetização, que contou com a participação de vários brasileiros. A solidariedade passava para um nível superior. Mais tarde, brasileiros com grande experiência em educação e que tinham trabalhado com Paulo Freire no Brasil, ao serem expulsos do país pelo golpe de 64, incorporam-se aos esforços da profunda revolução educacional que Cuba promoveu. É o caso da pedagoga Josina Godoy, autora do livro “Viver em Cuba”, que mais tarde vai também prestar solidariedade na África junto com educadores cubanos, emprestando sua experiência à tarefa de eliminar o analfabetismo em Moçambique. Esta solidariedade tem um longo caminho. Agregue-se a isto a experiência vivida pelo médico Davi Lerer, exilado brasileiro em Angola e que prestou também sua solidariedade no atendimento de soldados cubanos que estavam na pátria de Agostinho Neto em armas contra o regime nazista do Apartheid, apoiado pelo imperialismo dos EUA.
Guerra midiática
A Convenção debateu também a incessante campanha de destruição da imagem de Cuba, praticada pelos veículos de comunicação comerciais, sem que lhe seja permitida qualquer possibilidade de oferecer uma outra versão sobre os acontecimentos. Isto não é jornalismo, é campanha.
É exatamente neste terreno onde surgem algumas possibilidades para que o movimento da solidariedade a Cuba tome novas iniciativas e apresente propostas de cooperação, que podem sim ser implementadas, já que a nova realidade latino-americana registra uma relação de forças e um desenho geopolítico que permite ir mais além do que as justas e necessárias denúncias.
Telesur: “O nosso norte é o sul”
Com o advento da Revolução Bolivariana na Venezuela, nasce a Telesur, televisão multi-estatal com a finalidade de promover a integração latino-americana e dos povos do sul por meio da ação informativo-cultural. Prestes a cumprir seus 5 anos de vida, a Telesur já pode ser sintonizada por parabólicas do Alasca à Patagônia, no norte da África e alguns países europeus. Possui convênios de cooperação com emissoras públicas na Bolívia, Argentina, Equador, Nicarágua, Uruguai, e, aqui no Brasil, com a TVE do Paraná, que exibe diariamente o Jornal da Telesur, de 30 minutos, em português, oferecendo aos telespectadores a possibilidade de ver uma América Latina em profunda transformação social. Onde é que se divulga que Venezuela, Equador e Bolívia já erradicaram o analfabetismo, e com a ajuda de educadores cubanos? Na Telesur! E o sinal da TVE do Paraná pode ser captado por antena parabólica em todo o Brasil, bem como em toda América do Sul. Cabe à solidariedade divulgar e lutar para expandir o alcance do sinal.
Por isso é que já cabe uma nova agenda para a solidariedade: partir do novo patamar existente, concreto, para impulsionar a celebração de convênios de cooperação da Telesur com emissoras públicas brasileiras, a começar pela TV Brasil, que possui a acordos com a Reuter, a Radio França Internacional, mas, inexplicavelmente, não os possui com a Telesur. Mesmo quando a integração latino-americana é pauta prioritária na política externa brasileira, a TV Brasil não aproveita a programação da Telesur, mas sim de veículos comereciais! Eis aí um novo capítulo da agenda da solidariedade que brota nesta convenção de Porto Alegre.
Outra tarefa é encorajar a Empresa Brasil Comunicação, a EBC, a firmar acordos com a Agência Prensa Latina, que tem jornalistas em centenas de países de todo o mundo e difunde diariamente 45 matérias em português. Inexplicavelmente não aproveitadas pela empresa pública brasileira, apesar das reiteradas declarações de Lula em favor de uma maior cooperação com Cuba. A Convenção e Solidariedade aprovou a gestão de esforços para que a TV Brasil tenha sucursal em Havana, para que as TVs educativas de cada estado onde for democraticamente possível firmem convênios de cooperação com a Telesur, com a TV Cubana, com a Prensa Latina, iniciativa que deve se estender às TVs comunitárias que também podem transmitir alguns programas latino-americanos, com o respaldo da Constituição, assim como já o fazem as TVs comunitárias de Brasília, Rio de Janeiro, Florianópolis e Recife. Cabe à solidariedade fazer as gestões junto a governos, tvs educativas, universitárias e comunitárias em cada estado.
Estas modalidades de cooperação ajudariam enormemente a contrabalançar o cerco midiático contra Cuba, além de oferecer ao povo brasileiro a oportunidade de conhecer a realidade cubana e latino-americana, hoje escondidas pela matriz informativa de Hollywood que nos é imposta.
Telenovelas, filmes e livros
O povo cubano conhece telenovelas brasileiras, mas o povo brasileiro não conhece telenovelas cubanas. Praticamente todos os filmes brasileiros mais importantes já foram exibidos em Cuba, em escala de massa, pois há enorme quantidade de salas de cinema, o ingresso é baratíssimo, sendo o contrário do que ocorre aqui no Brasil onde apenas 8 por cento dos município tem salas de cinema, o ingresso é caríssimo e as salas estão sendo confinadas nos shoppings, num processo de apartheid cinematográfico. O mesmo ocorre com a literatura: grandes escritores brasileiros já tiveram em Cuba gigantescas tiragens, valendo citar Jorge Amado, Guimarães Rosa, Machado de Assis, Érico Veríssimo, Raquel de Queiroz, Artur da Távola, cujas edições contavam-se, cada uma, em mais de 100 mil exemplares, vendidas a preços de um sorvete da Copélia, que todos podem comprar. Uma verdadeira democratização da literatura universal.
Só para registrar, a tiragem padrão de livros no Brasil, com quase 200 milhões de habitantes, é de irrisórios 3 mil exemplares. Em 1984, Cuba foi agraciada com um comenda da UNESCO por ter impresso, num só ano, e para apenas 10 milhões de habitantes, 480 milhões de exemplares de livros. Em Cuba e Nicarágua houve uma radio-novela sobre a Coluna Prestes....Cultural e informativamente, os bloqueados somos nós.
Pensando em termos práticos, a Convenção de Porto Alegre aprovou a realização de convênios entre os Ministérios da Cultura de Cuba e do Brasil para que sejam legendados e exibidos pela TV Brasil os principais filmes da cinematografia cubana, que nós ainda desconhecemos, embora sejamos obrigados a engolir qualquer porcaria de Hollywood. Aprovou-se trabalhar para um convênio que preveja a tradução dos clássicos da literatura cubana para o português, a serem publicados em massa como Cuba fez com os mestres da nossa literatura, e que sejam distribuídos por todas as bibliotecas públicas brasileiras.
Os convencionais também se propuseram a trabalhar para que as Faculdades de Comunicação Pública do Brasil realizem cooperação com o Instituto Internacional de Periodismo José Marti, sobretudo para o desenvolvimento de novos conceitos para elaborar um jornalismo de integração, já que aquilo que está ocorrendo na energia, na educação, no comércio, no surgimento da Unasur requer também uma concepção informativa que favoreça o cumprimento do dispositivo Constitucional que prevê a formação de uma Federação de Países Latino-Americanos. É claro que a comunicação comercial aposta e pratica um tenebroso e anti-civilizador jornalismo da desintegração entre os povos. Telesur vem para unir, integrar, enfim, para enamorar os povos.
Saúde, ciência e educação
O avanço da cooperação que os governos do Brasil e de Cuba já operam colocam enormes possibilidades para o movimento de solidariedade atuar em níveis muito mais audaciosos e criativos. Mesmo havendo entraves e obstáculos ainda não superados, como os que adiam e adiam os acordos com a Telesur, com a Prensa Latina, mas também para a revalidação dos diplomas dos médicos brasileiros formados, gratuitamente, pela ELAM, Escola Latino Americana de Medicina. Em 11 anos de existência, dezenas de milhares de jovens de países pobres de Centro-América, da África e até da Ásia, tiveram a oportunidade de estudar medicina, chance que provavelmente não teriam em seus respectivos países. Há ainda 500 jovens pobres e negros dos EUA, do Harlem e do Brooklin, lá estudando. Um jovem estadunidense testemunhou:"se continuasse no Harlem, provavelmente teria sido capturado pelo narcotráfico como meus amigos. Aqui em Cuba estudo medicina, e gratuitamente!”
A solidariedade está mobilizada para impulsionar uma solução legal, com o apoio do governo, para a revalidação dos diplomas dos 800 médicos brasileiros lá formados e que ainda estão impedidos do livre exercício da profissão tão necessária ao povo brasileiro. Espantoso, em 2004, 120 médicos cubanos que estavam atuando em paupérrimas cidades de Tocantins, com taxas de mortalidade infantil semelhantes a uma pena de morte, foram obrigados a deixar o Brasil em razão de ação judicial interposta pelo Conselho Federal de Medicina. Certos segmentos de profissionais brasileiros nem vão os lugares mais inóspitos, nem aceitam que médicos cubanos lá estejam. Isto nos leva a refletir sobre como há várias leituras do juramento de Hipócrates.
Há projetos de lei em curso para solucionar a questão, mas os rítmos do parlamento são complexos, enquanto a vida dos pobres é de dolorosa urgência em matéria de saúde. Fico a imaginar se estes 800 médicos já pudessem praticar a medicina solidária que aprenderam em Cuba em todos os assentamentos da reforma agrária e na comunidades pobres do país......
Timor Leste, Brasil e Cuba juntos
Em viagem ao Timor Leste, país que também é alvo de solidariedade concreta do Brasil, a solidariedade doou uma rádio comunitária para divulgar música e cultura brasileira, capacitar em rádio-jornalismo e aprimorar a prática do português, um dos idiomas oficiais da nação maubere. Para nossa surpresa, lá encontramos 400 médicos cubanos trabalhando em solidariedade àquele povo que foi vitima do maior genocídio do século, com apoio irrestrito dos EUA. Pois o presidente timorense, Ramos-Horta, revelou que o embaixador dos EUA lá no Timor pressionou-o para que não recebesse os médicos cubanos. O diálogo é revelador da desumanidade do governo estadunidense: “Embaixador, quantos médicos os EUA tem aqui no Timor?” Relutante, o gringo respondeu: “Temos um, que atende os funcionários da nossa embaixada”. “Pois então, embaixador - disse Ramos - nós vamos receber sim os médicos cubanos e sua generosa solidariedade!” Os EUA mandaram matar e agora querem proibir os timorenses recebam ajuda dos médicos cubanos!!!!
Foi nesta oportunidade que soubemos de um convênio de Cooperação entre Cuba,Brasil e Timor pelo qual, os 600 jovens timorenses que estão na Ilha hoje, quando se formarem, antes de regressar ao Timor, farão um estágio no admirável Instituto Oswaldo Cruz, como parte da integração do Brasil a esta ação solidária de Cuba com o Timor. É por estas e outras que a agenda da solidariedade brasileira pode avançar, ter mais audácia, apresentando propostas concretas ao governo para ir mais além. Se Cuba, um país pequeno, tem capacidade de repartir seus recursos materiais e humanos com mais de 70 países, por que não o Brasil?
Unila e Universidade da África
É claro que quando Lula decreta a criação da Universidade Federal da Integração Latino-Americana, a Unila, com sede em Foz do Iguaçu, e a Universidade da África, com sede em Redenção, no Ceará – primeira cidade a abolir o escravagismo no país - está demonstrando o quanto o Brasil quer e pode pagar a dívida histórica que tem para com os povos africanos e também com nossos irmãos latino-americanos. Acordos podem ser feitos com Elam para que profissionais e alunos intercambiem experiências, para que haja uma cooperação cada vez mais aprofundada, já que aí não haverá qualquer hipótese de colonialismo, como pode ocorrer quando o convênio é com uma universidade de país imperialista.
Haiti, Cuba e Brasil também juntos
Forte exemplo vem no acordo firmado entre Cuba-Brasil-Haiti, pelo qual cubanos e brasileiros vão reestruturar, conjuntamente, o demolido sistema de saúde do Haiti, com os brasileiros doando todos os equipamentos, realizando as construções e enviando pessoal. Cuba já tem lá a maior brigada médica, inclusive com brasileiros que estudaram na ELAM. Estes acordos indicam que podemos ir mais além. Por exemplo, selando convênios entre a Academia de Ciências de Cuba e a SBPC para que os principais trabalhos de cientistas cubanos possam ser apresentados anualmente das reuniões dos cientistas brasileiros, uma forma concreta de integração e ao mesmo tempo democratização do saber. Quanto não será possível fazer na área da produção de medicamentos, na qual Cuba tem larga experiência com vacinas, tendo o Brasil, além do Instituto Osvaldo Cruz, uma expressiva base industrial de grande escala, com capacidade de produzir para toda a África, onde já estão instaladas instituições estatais brasileiras. E Cuba, lembremos, já enviou vacinas ao Brasil quando do surto de meningite anos atrás....
Não é hora de timidez
Enfim, não se pretende esgotar todo o potencial a ser explorado. O que sim é possível, a partir da nova realidade política progressista latino-americana e expandir, aprofundar, consolidar e qualificar ainda mais a justa agenda da solidariedade brasileira com Cuba. Porém, partindo já de uma nova base, pois, representando o povo brasileiro Lula defendeu claramente o fim do bloqueio a Cuba e defendeu aquela nação frente à campanha midiática imperialista que tentou transformar a morte de um preso comum em fato político. Lula não caiu na esparrela. Ele sabe quantos jovens morrem degolados e esquartejados ainda nos presídios brasileiros, sabe quantos negros e pobres morrem a cada ano nas chacinas promovidas por grupos de extermínio completamente fora de controle, sabe que apesar de seu compromisso com os direitos humanos ainda se mata religiosos, sem-terras, sindicalistas. Ele próprio viveu na pele a perda da esposa e do filho em razão de um sistema de saúde que não dá, ainda, a atenção devida aos mais necessitados. Ele sabe quantos morrem nas filas, no trãnsito, nos acidentes de trabalho que matam impressionantemente, mortes evitáveis na maioria dos casos. Tudo isto ainda é desafio a ser superado.
Mas Lula sabe, sobretudo, que em Cuba as crianças estão todas nas escolas, que as crianças não trabalham como ele foi obrigado a trabalhar, que a mortalidade infantil é inferior à dos EUA, que a mortalidade materna está praticamente controlada....E sabe que há prisioneiros, delinqüentes, que se lançam para derrubar este sistema de justiça social mediante remuneração do exterior, dos mesmos que fizeram tantos atentados contra a vida de cidadãos cubanos, inclusive guerra bacteriológica, propagando artificialmente, por aviões, a dengue hemorrágica que matou mais de 300 crianças.
Solidário com o povo cubano, Lula declarou também que o Brasil será o principal parceiro de Cuba. Lá já estão a Petrobrás, a Embrapa, empresas construindo o Porto de Mariel. É uma solidariedade concreta. Os movimentos de solidariedade podem partir deste nível criado por Lula para ir muito mais além. Com a mesma coragem, desprendimento e determinação que tiveram aqueles dois soldados cariocas que lutaram no Exército de Marti. Em solo cubano libertário está o sagrado sangue brasileiro solidário. Não conheceram Sílvio Rodriguez, mas talvez cantassem ao seu modo, com o seu gesto, “Por quíen merece amor”
Beto Almeida é Diretor da Telesur.
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