sexta-feira, 7 de maio de 2010

Algumas contradições no ataque contra Cuba

El País mostra que, em Cuba, aqueles que apóiam a revolução são maioria.
Por Gonzalo Sánchez - Tercera Información

É imperdoável que as empresas privadas não possam explorar livremente os recursos naturais de um país. Como isso acontece em Cuba, os meios de comunicação mundiais, propriedade de grandes empresários, criaram uma campanha midiática permanente contra ela.

Quase todos os dias podemos ler, ver e ouvir na mídia, notícias sobre Cuba, onde o governo cubano é apresentado como "ditatorial e autoritário". Porém, esta campanha tem demonstrado fragilidade em sua continuidade. É impossível atacar quase todos os dias o governo da ilha caribenha, sem cometer erros.


Essas falhas consistem em enormes contradições nas informações que a grande mídia passa sobre Cuba. Durante anos eles repetiram os mesmos argumentos em diferentes notícias, conseguindo criar alguns estereótipos, que as pessoas repetem automaticamente quando a conversa é sobre Cuba. Os meios de comunicação neoliberais também esconderam a realidade da ilha, já que esta só poderia ser observada, rompendo os estereótipos que lhes tinha custado tantos anos de divulgação generalizada.

Agora, se os meios de comunicação se desmentem. Primeiro foi a BBC fazendo uma reportagem acerca das eleições cubanas, quando mostrou que o Partido Comunista não participa do processo eleitoral; que os opositores da revolução podem apresentar-se como candidatos e serem eleitos, sem estar na prisão.

Se não havia eleições em Cuba!
Se havia um partido único!
Se os opositores estavam presos!
Como é possível que uma ditadura permita que os adversários se candidatem? E mais, como em uma ditadura há eleições?

O jornal espanhol El País tem trazido outros temas em suas notícias. A direita de Cuba pode manifestar-se, mas, aqueles que defendem a revolução são mais.

Isso pode ser lido em uma matéria intitulada "O governo cubano ataca outra marcha das Damas de Branco", onde é impossível ler, em seu conteúdo, qualquer dado que justifique o título.

Lendo a notícia ficamos sabendo que não foi o governo, mas um grande grupo de cidadãos cubanos que estavam pacificamente protestando contra as Damas de Branco.

El País é incapaz de demonstrar qualquer ligação entre o governo da ilha e a organização do evento, por isso se limita a repetir um fato óbvio "são seguidores do governo de Raul Castro".

El Pais diz que "Como já ocorreu no domingo, 18 de Abril, um agente de segurança, escoltado por duas policiais, informou as Damas de Branco, que precisavam de uma permissão oficial para marchar". Não se encontra na notícia nenhuma informação sobre uma violenta ação policial, nem a dispersão das damas de branco. Em vez disso, pode-se ler as "Damas de Branco continuaram sua marcha protegidas pela polícia até o final da marcha, que fizeram com gestos 'vitória' e 'liberdade' e que estiveram rodeadas por um grupo muito maior de pessoas, que apóiam o governo revolucionário”.

A notícia do jornal espanhol alega ainda que as Damas de Branco realizam há muitos anos reuniões, atos e passeatas nas ruas de Havana contra o governo presidido por Fidel Castro e, agora chefiado por Raul Castro. Em todos estes anos não houve uma única imagem de repressão contra o grupo de mulheres e, normalmente, como nesta ocasião, foram autorizadas a demonstrar a sua oposição ao Executivo de Cuba.

As Damas de Branco surgiram em 2003, desempenhando uma luta contra o direito internacional, que estabelece como crime receber dinheiro de um país estrangeiro para derrubar o governo de seu país. Esta norma jurídica está contida no Código Penal Cubano, como está nos códigos de outros países, como Bélgica, Alemanha, Estados Unidos, Canadá ou Espanha.

Estas mulheres são parentes de quem cometeu este crime, fato reconhecido, inclusive, pela Anistia Internacional, e que tiveram julgamentos com todo direito de defesa.

Fonte: ISLAMIA
Tradução: Robson Luiz Ceron - Blog Solidários.

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