domingo, 2 de maio de 2010

1ª de Maio em Cuba, visto daqui.

1º de Maio em Cuba, visto daqui.
Por Robson Luiz Ceron.

Um inimigo da Revolução poderia afirmar a um desinformado, que milhões de pessoas nas ruas de Cuba significam que estão ali por serem obrigadas, ou por haver atrações artísticas, ou, ainda, que as pessoas vão para ver a manifestação, são mais espectadores, do que manifestantes! Poderia, concluir, que a Marcha seria um grande teatro da ditadura castrista.

Porém, o desinformado poderia suspeitar de tais afirmações, sem precisar a Cuba, apenas olhando atentamente as fotos (e outras fotos) e os vídeos que chegam da Marcha.


Uma multidão colorida.

Acaso houvesse verdades nas afirmações do inimigo, na pior das hipóteses, se esperaria uma manifestação apática, pessoas desfilando sem graça, carregando algumas faixas distribuídas pelo governo; ou assistindo a uma marcha monocromática militar, tais como espectadores; ou, ainda, se esperaria que houvesse um palco para onde seriam destinadas todos os olhares.

Pois bem, as fotos e vídeos, simplesmente, não permitem tais conclusões.

O que se vê e assiste é uma multidão colorida. Uma multidão que é protagonista do espetáculo, cuja platéia são uns poucos gatos pingados (governo e convidados). Uma multidão que carrega cartazes feitos de papelão e cartolina, com palavras de ordem da Revolução. Cartazes, que o simples olhar deixa claro terem sido feitos a mão, de maneira espontânea.

O que se vê, centenas de faixas e bandeiras, de diversas organizações: desde organizações políticas, até os Industriales (campeão nacional de beisebol).

Uma multidão sorridente, carregando fotos enormes de seus heróis nacionais, (quando percebem que estão sendo filmadas, vibram!). Uma multidão que puxa palavras de ordem, a favor da Revolução.

Não se vê artistas em palcos, centenas de policiais armados até os dentes, não se vê. Apenas pessoas, famílias, jovens, internacionalistas, socialistas...

A ordem é popular, por vezes sem organização, por vezes ensaiada (Alguns grupos apresentam coreografias, outros carregam bandeiras em ordem).

Nos autos falantes, a Internacional.

Conclusão.

Apenas observando fotos e assistindo vídeos, o nosso personagem desinformado, poderia concluir que se trata de uma manifestação popular, de um povo que tem a Revolução como sua, de um povo que está disposto a lutar, de um povo protagonista.

Sem conhecer outras verdades de Cuba, poderia concluir, que marcham por si próprios, livres e independentes.

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