Terrorista Carriles em protesto nos EUA | Foto: Reuters |
O militante anticastrista cubano Luis Posada Carriles, acusado de promover atos de terrorismo sob instrução do serviço secreto dos Estados Unidos, participou em Miami de uma passeata convocada pela cantora cubano-americana, Gloria Estefan, a favor das Damas de Branco.
O ex-agente da CIA é considerado terrorista pelos governos de Cuba e Venezuela por sua participação no atentado contra um avião comercial cubano em 1976, que deixou 74 mortos. Nessa época, foi julgado por um tribunal militar venezuelano, que o absolveu. Mas o governo do então presidente Carlos Andrés Pérez decidiu voltar a julgá-lo num tribunal civil. Ele fugiu de uma prisão em Caracas, enquanto esperava pelo segundo julgamento.
Carriles, que confessou em uma entrevista dada ao The New York Times em 1998 ter organizado uma onda de atentados contra hotéis e instalações turísticas em Havana em 1997, na qual morreu um turista italiano, disse durante a manifestação que "Cuba será livre em breve, mais rápido do que as pessoas pensam”, segundo a rede venezuelana Telesur.
Para o site cubano Cuba Debate, o apoio de Carriles às Damas de Branco "não deveria surpreender”, pois indica a conexão entre ele e o grupo de mulheres, parentes de presos cubanos e acusadas de serem patrocinadas pela CIA.
De acordo com o site Prensa Latina, o terrorista entrou ilegalmente em território norte-americano em maio de 2005 graças ao apoio de outro criminoso, Santiago Álvarez Fernández-Magriñá, que por sua vez, apoia financeiramente as Damas de Branco. “Desde então, as autoridades dos EUA vêm aplicado táticas dilatórias, que pretendem julgá-lo somente por delitos migratórios e não por sua extensa ficha terrorista”, que computa 73 acusações.
Carriles, que argumenta ter problemas de saúde para não comparecer via terrestre a um tribunal de El Paso, no Texas, acompanhou a marcha escoltado. Em janeiro, a juíza Kathleen Cardone, de El Paso, que julgará o terrorista por delitos de imigração, autorizou que usasse uma aeronave para chegar a seu julgamento. Em 15 de março o juízo foi adiado por tempo indeterminado.
Enquanto o governo dos EUA mantém uma lista de 14 países considerados terroristas e junto com ela extremas medidas contra viajantes procedentes dessas nações, entre elas Cuba, não atende aos pedidos de extradição de Cuba e Venezuela para julgar Carriles por delitos de lesa humanidade que confessou.
O terrorista cubano, nacionalizado venezuelano, foi surpreendido em 2000 ao sobrevoar o anfiteatro da Universidade do Panamá para matar o líder da Revolução Cubana, Fidel Castro. Ele e outros dois criminosos, Gaspar Jiménez, Guillermo Novo e Pedro Remón, foram denunciados em novembro daquele ano pela tentativa de assassinato.
Digas quem te apóia, e te direis quem és: Dama$ mercenárias terroristas!
ResponderExcluirRobson Ceron.