Mural no acampamento Julio Antonio Mello, sede do evento | Foto: Perth |
Leia a declaração final da Brigada Sul-americana de Solidariedade, realizada, em Cuba, durante os meses de janeiro e fevereiro.
XVII Brigada Sul-americana de Trabalho Voluntário e Solidariedade com Cuba
A XVII Brigada Sul-americana de Trabalho Voluntario e Solidariedade com Cuba, no marco da comemoração dos 50 anos do ICAP (Instituto Cubano de Amizade com os Povos), deseja reconhecer seu esforço para integrar os povos latino-americanos dentro do espírito fraterno e dos princípios mais elevados da Revolução Cubana.
Esta brigada deseja dar um abraço fraterno ao heroico povo cubano, base e condição necessárias da revolução, organizado e mobilizado para consolidar e aprofundar o processo revolucionário.
Nesse sentido, repudiamos o bloqueio estadunidense a Republica de Cuba e exigimos sua suspensão, dadas suas características beligerantes e criminosas, que afetam gravemente o povo cubano e cujo fundamento não tem justificativa no direito internacional senão a provocação política e sua ação imperial.
Exigimos a retirada de Cuba da lista dos 14 países denominados terroristas, posto que o mesmo povo cubano apenas tem sido vitima desses atos. Ao mesmo tempo que outros países, como os EUA, praticam o terrorismo de Estado e encobrem agentes do terrorismo internacional. Nesse sentido, denunciamos o injusto e ilegal aprisionamento dos cinco heróis cubanos que lutam contra o terror e exigimos sua imediata libertação.
Postulamos a necessidade de contrapor à ofensiva midiática que estabelece uma hegemonia ideológica e cultura que oculta o caráter histórico do capitalismo e o apresenta como único sistema possível, distorcendo os êxitos e alcances do sistema alternativo cubano.
Condenamos também as múltiplas expressões do imperialismo em nossa América Latina, especialmente o golpe de Estado em Honduras, as bases militares na Colômbia e o ameaça militar da IV frota naval da armada estadunidense nas costas sul-americanas.
Expressamos nossa solidariedade com o povo haitiano e apoiamos a iniciativa internacionalista cubana de enviar médicos a este país. Nesse sentido, denunciamos a intervenção militar dos EUA, disfarçada de ajuda humanitária, que aproveita a catástrofe natural que devastou a estrutura social e econômica do país irmão para impor sua política de dominação sobre nosso continente.
Rechaçamos todos os mecanismos que destroem os laços de solidariedade entre os países latino-americanos, como o caso panamenho, que impediu a continuidade da Missão Milagro em seu território.
Consideramos de vital importância continuar fortalecendo o processo de integração anti-imperialista e popular plasmado principalmente na Alternativa Bolivariana das Américas (ALBA) que aparece em nossa querida América Latina como farol de esperança dos povos oprimidos que buscam sua libertação.
Nos comprometemos a promover o socialismo como projeto humano alternativo ao modelo capitalista que coloca o mercado e a ganância acima das pessoas, esgotando os bens naturais e ameaçando da própria espécie. Instamos a seguir à luz do exemplo cubano em sua dignidade para enfrentar a pressão imperial, mantendo os plenos direitos sociais e sendo solidário com os povos do mundo para conquistar o pleno desenvolvimento do ser humano.
Marcha das tochas, evento que os brigadistas participam. Foto: Alexandre Franco |
Para conseguirmos isso, os participantes da XVII Brigada se comprometem a:
1 – Realizar em todos os nossos países encontros anuais de solidariedade com Cuba com o objetivo de unificar e organizar as lutas a nível nacional e latino-americano;
2 – Criar comitês locais e regionais contra o bloqueio e em defesa dos cinco heróis cubanos, promovendo ações de propaganda e outras atividades como envio de correspondências a juízes e congressistas norte-americanos;
3 – Criar frentes parlamentares de apoio a Cuba;
4 – Criar, fortalecer e utilizar meios de comunicação com o objetivo de romper o bloqueio midiático e denunciar qualquer campanha contra Cuba.
Pelo sangue derramado pelos nossos heróis, por cada aula libertadora, por cada mão calejada e trabalhadora, por cada braço estendido pela unidade latino-americana, porta nossa luta incansável pela soberania e pela autodeterminação, nosso lema é VIVA A REVOLUÇÃO!
VIVA FIDEL!
VIVA RAUL!
VIVA SOCIALISMO!
PATRIA OU MORTE, VENCEREMOS!
Caimito, 5 de fevereiro de 2010.
Nenhum comentário:
Postar um comentário