segunda-feira, 16 de novembro de 2009

EUA impede acesso de cubanos a milhares de sites

Charge sobre bloqueio dos EUA contra Cuba | Foto: Margot Pepper 

Do blog Na Práxis 

Em 25 de maio deste ano, este blog foi um dos primeiros meios a denunciar que a Microsoft Corporation resolveu bloquear até o MSN para Cuba.

O Google, também rendeu-se ao bloqueio imposto pelos EUA e impede o acesso a várias de suas ferramentas gratuitas para os internautas cubanos, entre elas o conhecido Google Earth, que permite navegarmos pelo globo terrestre através de fotos por satélite.

Há milhares de sites aos quais não se pode ter acesso de Cuba.

Bom, esses fatos, que descaradamente constituem uma tremenda hostilidade à uma nação, já eram meio que esperados, afinal, são corporações privadas estadunidenses, que comercializam uma série de produtos e abertamente visam o lucro.

Embora seja uma tremenda burrice - pois Cuba também poderia ser mercado para elas- estas empresas não querem problemas com o governo dos Estados Unidos e acabam enquadrando-se.

Agora, a minha surpresa é a Mozilla Corporation entrando neste embalo.

O Mozilla Firefox é um dos símbolos da internet 2.0, é considerado como uma grande alternativa, cheia de liberdade, ao navegador Internet Explorer da monopolista Microsoft.

Seu desenvolvimento é construído por milhares de desenvolvedores mundo a fora, é um dos principais exemplos do sucesso do trabalho colaborativo em rede.

Há poucos dias, a Mozilla abriu um concurso para desenvolvimento de novas ferramentas (extensões, ou "Add-ons") de navegação para telefone celular, com direito a premiação e tudo.

No item número "4" do regulamento, a empresa (que não se diz uma companhia tradicional, mas sim uma "comunidade global") deixa claro que é vetada a participação de internautas residentes em Cuba.

A medida também afeta Coreia do Norte, Sudão, Síria, Mianmar, Irã e também o estado canadense do Quebec.

Segundo o próprio regulamento, esta vigora por conta da "Lei".

Ou a Mozilla estende a lei americana ao resto do mundo, ou esta corporação, por conta de estar sediada no estado da Califórnia, procede sim como uma "companhia tradicional".

Na minha opinião se trata das duas coisas...

Resta saber se, daqui a pouco, a utilização do navegador Firefox será, ou não, bloqueada para Cuba.

Veja o regulamento do concurso (em inglês).

Veja a "política da Mozilla" (em português).

Com informações de Cubadebate.

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