Frente Parlamentar Fluminense de Solidariedade a Cuba | Foto: Eliomar Coelho |
Por Robson Ceron
No último dia 2 de outubro foi criada a Frente Parlamentar de Solidariadade a Cuba do estado do Rio de Janeiro. O evento contou com a presença da professora Zuleide Faria de Melo, da Associação Cultural José Martí, de João Luiz Duboc Pinaud, representante da Campanha pela Libertação dos 5 cubanos cubanos nos Estados Unidos, de Carlos Trejo, Cônsul Geral de Cuba no Brasil, de Madalena Torbisco, da Associação Nacional de Cubanos Residentes no Brasil e de Valmíria Guida, da Casa da América Latina, entre outras autoridades e simpatizantes da causa cubana.
Leia abaixo o manifesto da criação da frente:
Em 1º de janeiro de 1959, depois de anos de batalha, os revolucionários cubanos chegam a Havana e consolidam o triunfo da Revolução. Apesar da perda de valorosos companheiros e todos os contratempos e sofrimentos dos anos anteriores, aquele momento marcava a história de Cuba, da América Latina e do mundo, como uma vitória da utopia de um mundo mais humano e mais fraterno.
No ano de 1962 foi imposto à livre e soberana República Cubana um forte embargo econômico-comercial pelo Governo dos Estados Unidos que puniu cruelmente o povo cubano. O embargo, que posteriormente se converteu em bloqueio, só não proibia o acesso de medicamentos e alimentos a Cuba. Mas c
ortava todo tipo de comércio com a Ilha e o acesso a fontes de financiamento. O corte do comércio era nas duas direções, ou seja, não vender a Cuba nem comprar de Cuba. Em 1992, essa injusta política foi reforçada pela Lei Torricelli, que proíbe subsidiárias estadunidenses estabelecidas em outros países de realizarem operações comerciais e financeiras com o país caribenho.
O Bloqueio Econômico até hoje imposto a Cuba desrespeita e viola os princípios do direito internacional, fundamentalmente aqueles sobre a liberdade de comércio e navegação internacional.
Porém, e apesar de todos os problemas causados ao povo cubano em conseqüência dessa perversa política, o governo conseguiu impulsionar e implementar um sólido programa para o desenvolvimento de sua nação, o que faz de Cuba, hoje, um país com altos índices de desenvolvimento social.
São inegáveis – e inúmeras – as contribuições que a república cubana tem trazido à humanidade, com suas modernas práticas de organização dos serviços públicos, avançando consideravelmente na universalização do atendimento à população. Tais esforços revelam-se nos altos índices de educação e expectativa de vida do cidadão que, somados à distribuição de renda, compõem um elevado IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), difundido mundialmente como meio balizador na comparação do bem-estar de diversas nações.
No cenário mundial, Cuba destaca-se por atingir significativos êxitos: em saúde pública, onde, é considerada uma destacada potência; na educação gratuita a todos os níveis e obrigatória até o ensino médio o analfabetismo foi erradicado; suas manifestações culturais são valorizadas e reconhecidas em todo o mundo. Nos esportes, apesar das pequenas dimensões e da pequena população, tornou-se uma potência olímpica. Para além do desenvolvimento sócio-econômico, observado na soberana República de Cuba, se notabilizam as demonstrações de solidariedade com diversos povos do mundo.
Atualmente existem inúmeras missões de médicos cubanos em dezenas de países subdesenvolvidos, almejando e logrando sucesso no atendimento à população carente. Quanto ao Brasil, o Governo de Cuba mantém um audacioso programa de seleção anual média de cem estudantes para cursar medicina, integralmente subsidiada na Escola Latino-americana de Medicina (ELAM), tida como das melhores do mundo na atenção básica.
Sobre o debate científico-acadêmico cubano, este demonstra íntima sintonia com a intelectualidade internacional. Exemplo disso é o “Encontro Internacional de Economia sobre Globalização e Problemas do Desenvolvimento”, que se encontra no 11º ano e é frequentado por autoridades mundiais do debate econômico, e que contou no presente ano de 2009 com a participação de dois chefes de Estado, três prêmios Nobel de Economia e 1500 delegados de mais de 60 países.
Nesse momento, outra arbitrariedade cometida contra Cuba é o encarceramento de cinco cubanos que lutam contra as redes terroristas de Miami e continuam cerceados nos direitos mais básicos, como as visitas de seus familiares. O movimento de solidariedade internacional, tendo como signatários parlamentos de todo mundo, escritores, políticos, intelectuais, artistas, entre outros, exige a soltura imediata dos cinco presos bem como o fim do embargo, e aqui fazemos coro.
Sendo assim, o objetivo da Frente Parlamentar Fluminense de Solidariedade ao Povo Cubano é de estreitar relações entre os povos dos dois países através de ações solidárias, fraternas e de cooperação mútua, na promoção de intercâmbio cultural, científico, político e econômico-comercial, a partir dos Parlamentos municipal e estadual do Rio de Janeiro, do Parlamento Cubano, dos Representantes dos movimentos sociais dos dois países e de todo o continente latino-americano, para manter aceso o sonho do socialismo.
Com informações do blog do Eliomar Coelho.
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