sábado, 12 de setembro de 2009

Morre Juan Almeida, o comandante negro da Revolução Cubana

Juan Almeida, Raúl Castro e Fidel Castro, os comandantes da Revolução Cubana em 1996 | Foto: Reuters


Por Robson Ceron 

Um dos principais líderes da Revolução Cubana, Juan Almeida Bosque, morreu em Havana aos 82 anos de idade, vítima de uma parada respiratória. Almeida, era general, vice-presidente do Conselho de Estado de Cuba e considerado o terceiro homem mais forte do governo socialista. Amigo de Fidel Castro,  foi o único comandante negro da revolução de 1959.

Leia a nota do Partido Comunista Cubano, publicada no jornal Granma, sobre o falecimento de Juan Almeida. 

Faleceu o Comandante da Revolução Juan Almeida Bosque

Com profundo pesar, a Direção do Partido e do Estado comunica ao nosso povo que o Comandante da Revolução, Juan Almeida Bosque, membro do Bureau Político e vice-presidente do Conselho de Estado, faleceu nesta Capital (Havana), às 11h30 da noite passada, 11 de Setembro, em conseqüência de uma parada cardiorrespiratória.

O companheiro Almeida nasceu na capital, em 17 de Fevereiro de 1927. Em meio às privações de uma casa humilde e família numerosa, com seus pais como guia, formou-se nos mais altos valores patrióticos e aprendeu que a luta é a única maneira dos pobres para conquistar seus direitos desviados.

Logo que o golpe de Estado ocorreu, em 1952, entrou para a luta contra a tirania colaborando com o companheiro Fidel.

Ele era um trabalhador da construção desde o assalto ao quartel de Moncada, em 1953, e era o segundo de doze irmãos que ajudou o pai a sustentar a numerosa família.

Nos 57 anos transcorridos desde então, o comandante Almeida estava sempre na linha da frente junto com o Chefe da Revolução, corajoso, determinado e fiel até as últimas conseqüências.

Foi a atitude invariável do assaltante do Moncada; do preso político na Ilha de Pinos; do revolucionário exilado no México; do expedicionário do Granma, onde foi um dos três líderes de pelotão; do oficial dos dias de fundação do Exército Rebelde, que teve dois ferimentos na batalha de El Uvero; do comandante da Terceira Frente Guerrilheira; e do líder militar e dirigente revolucionário, com inúmeras e grandes responsabilidades, logo do o triunfo do 1º de janeiro de 1959.

Integrou o Bureau Político do Comitê Central do Partido desde sua fundação em 1965, responsabilidade pelo que foi ratificado em todos os Congressos. Ele foi eleito deputado à Assembleia Nacional e deputado estadual desde o primeiro mandato do Parlamento.

Sua especial sensibilidade humana e artística fez possível o difícil desafio de combinar seu trabalho forte, responsável e fecundo como líder revolucionário, com uma valiosa e meticulosa obra artística, que inclui mais de 300 canções e uma dúzia de livros que constituem uma contribuição inestimável para conhecimento da nossa história.

Ele assumiu com particular amor e compromisso com a tarefa de presidir a Associação dos Combatentes da Revolução Cubana. Ele dedicou suas últimas energias a garantir que a organização fosse um baluarte forte e eficaz da Pátria.

O nome do comandante da Revolução Juan Almeida Bosque permanecerá para sempre nos corações e mentes de seus conterrâneos, como um paradigma da firmeza revolucionária, convicções fortes, coragem, patriotismo e compromisso com o povo.

Por seus muitos e relevantes méritos, recebeu muitas condecorações e ordens nacionais e internacionais, incluindo o honroso título de Herói da República de Cuba e da Ordem Máximo Gómez de primeiro grau, concedido em 27 de fevereiro de 1998, no aniversário 40 de sua promoção a Comandante, na Sierra Maestra.

De acordo com sua vontade, os restos mortais do companheiro Juan Almeida Bosque não serão expostos. Será enterrado com honras militares em data a ser anunciada mais tarde, no Mausoléu da III Frente Oriental Mario Muñoz Monroy, da qual foi fundador e único chefe, onde repousam os restos dos heróicos combatentes dessa aguerrida frente.

No domingo, dia 13, entre às 8 horas da manhã e às 8 horas da noite será declarado luto oficial, o nosso povo poderá render homenagens de reconhecimento e carinho a sua memória no Memorial José Martí, em Havana, que foi sua terra natal, e em Salão dos Vitrais, na base do monumento a Antonio Maceo, em Santiago de Cuba - a cidade heróica -, que ele amava ternamente e, onde lutou contra as forças da tirania e mais tarde trabalhou como chefe do partido, como representante do Bureau Político da antiga província do Oriente, e nas capitais de todas as províncias, incluindo a Ilha da Juventude, onde foi preso após o assalto ao quartel Moncada.

Bureau Político do Comitê Central do Partido Comunista de Cuba. 

Tradução: Robson Ceron/Blog Solidários a Cuba

Um comentário:

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