sexta-feira, 15 de maio de 2009

Solidariedade: Cuba forma 92 médicos em Guiné-Bissau

Fidel Castro ao lado do líder Amílcar Cabral da Guiné-Bissau | Foto: O Democrata 


A ministra dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau anunciou hoje que Cuba está a formar localmente 92 médicos guineenses, que vão começar a dar as consultas em 2010 e a ensinar 1300 adultos a ler e escrever. 

No seu discurso de abertura da XIV comissão mista entre a Guiné-Bissau e Cuba, Adiato Nandigna agradeceu a cooperação cubana "pelas contribuições valiosas" que tem prestado na formação de técnicos da saúde. "Está assegurado praticamente que no ano 2010 cerca de 92 médicos formados começarão a trabalhar em diferentes hospitais do país", salientou a chefe da diplomacia guineense.

Adiato Nandigna destacou ainda que os próprios serviços de assistência médica na Guiné-Bissau conheceram melhorias desde 2004, quando chegou ao país uma equipe da brigada médica cubana, cujos elementos estão "em toda extensão geográfica" do país.

Por outro lado, a ministra referiu que a cooperação cubana também está a "dar um grande contributo" na área da educação, ensinando 1300 adultos a ler e a escrever, com recurso a programas de televisão.

A reunião da comissão mista Guiné-Bissau e Cuba começou hoje e decorre até domingo, no âmbito de uma visita que o vice-ministro de Investimento Estrangeiro cubano, Ramon Ripoll, está a efetuar a Bissau.

No seu discurso, o governante cubano lembrou a disponibilidade de Cuba em apoiar a Guiné-Bissau "desde os tempos da gloriosa luta armada contra o colonialismo" português, salientando que o seu Governo e o povo cubano "mantêm a mesma disponibilidade de sempre em ajudar os irmãos guineenses".

Ramon Ripoll frisou que a Faculdade de Medicina de Bissau, construída e apoiada técnica e cientificamente por Cuba desde os anos 1990, é a primeira instituição do gênero criado pelo seu país na África sub-saariana.

"Agrada-nos saber que os frutos dessa instituição científica já são visíveis em prol do povo da Guiné-Bissau", defendeu o governante cubano.

Além da continuidade dos programas no sector da saúde, com o envio de mais especialistas cubanos, nomeadamente para o combate à malária e alfabetização de adultos, Cuba irá apoiar a Guiné-Bissau nos domínios da cultura, desporto, prospecção mineira e agricultura.

Os termos concretos dos futuros apoios serão formalizados domingo no encerramento da comissão mista Guiné-Bissau/Cuba.

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