Também esquecem que, depois das vidas oferecidas e tantos sacrifícios defendendo a soberania e a justiça, eles não podem oferecer a Cuba o capitalismo.
Fazem reverências aos Estados Unidos, sonhando que os ajudará para resolverem seus próprios problemas econômicos, injetando somas fabulosas de papel moeda nas suas cambaleantes economias, que sustentam o intercâmbio desigual e abusivo com os países emergentes.
Só desta forma podem garantir os lucros multimilionários de Wall Street e dos bancos norte americanos. Os recursos naturais não renováveis do planeta e a ecologia, nem sequer são mencionados. Não se demanda o fim da corrida armamentista e a proibição do uso possível e provável das armas de destruição em massa.
Nenhum dos que participarão do encontro, convocado abruptamente pelo atual Presidente dos Estados Unidos, disse uma palavra sobre a ausência de mais de 150 países com iguais ou piores problemas, que não terão o direito de dizer uma palavra sobre a ordem financeira internacional, como proposto pelo Presidente interino da Assembléia Geral das Nações Unidas, Miguel D'Escoto., entre eles a maioria dos países da América Latina, do Caribe, África, Ásia e Oceania.
Amanhã (sábado, 15) começa a reunião do G-20, em Washington. Bush está de parabéns. Proclama que da reunião espera uma nova ordem financeira internacional. As instituições criadas por Bretton Woods devem ser mais transparentes, responsáveis e eficazes. É o único que admitiria. Para assinalar a prosperidade de Cuba no passado, falou que a ilha outrora fora semeada de campos de cana de açúcar. Ele não disse, por certo, que a cana era cortada a mão e que foi o império que cancelou a cota de compra de açúcar estabelecida durante mais meio século, quando a palavra socialismo não se havia pronunciado em nosso país, mas sim as de: Pátria ou morte!
Muitos sonham que com uma simples mudança de comando na liderança do império, aquele seria mais tolerante e menos belicoso. O desprezo pelo seu atual governante conduz a ilusão de uma possível mudança do sistema.
Não se conhece, todavia, o pensamento mais íntimo do cidadão que tomará o leme sobre o assunto. Seria extremamente ingênuo acreditar que, as boas intenções de uma pessoa inteligente poderiam mudar o que séculos de interesses e egoísmo criaram. A história humana demonstra o contrário.
Observemos com atenção o que diz cada qual nessa importante reunião financeira. As notícias choveram. Estaremos todos um pouco melhor informados.
14 de novembro de 2008.
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