segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Fidel Castro: O terceiro furacão


Pode debilitar-se, porém já começou a chover em quase todo o território nacional. As águas caem sobre as áreas agrícolas saturadas de umidade pelas recentes chuvas, e as represas com alto nível de capacidade como consequência dos furacões Gustav e Ike, verterão as suas águas sobre vales e campos cultivados, como aconteceu nos fins de Agosto e princípios de Setembro. Este foi batizado com o enganoso nome de Paloma.
Muitas culturas cujos frutos se esperavam logo, inúmeras horas de trabalho humano, o combustível, as sementes, os fertilizantes, os herbicidas e o trabalho dos equipamentos empregues para a produção de alimentos com urgência, voltarão a perder-se.

Em muitos sítios onde as famílias esperavam e recebiam materiais para as moradias, e batiam palmas com admiração aos operários que restabeleciam a eletricidade, tão vital para muitos serviços, outra vez voltarão a viver em parte a mesma experiência.

Novamente a destruição das estradas, caminhos e outras obras será repetida em várias províncias do país.

O último parte do Centro Nacional de Prognósticos do Instituto de Meteorologia confirma o curso implacável do fenômeno. Não devemos, contudo, desanimar-nos pela adversidade. Paloma não tem o colossal diâmetro de Gustav.

Cada facto deste caráter deve servir para educar o nosso povo sobre as consequências da mudança de clima e o desequilíbrio ecológico, entre muitos dos problemas que encara a humanidade.

Os cálculos iniciais das perdas econômicas dos dois furacões anteriores ficaram por baixo da realidade. Estes ascenderam a mais de 8 bilhões em vez dos 5 anunciados inicialmente. Agora se produzirão danos adicionais.

Os dirigentes que enfrentam de maneira decisiva e sem descanso os problemas poderão demandar dos seus compatriotas, com maior ênfase ainda, a necessidade de consagrar-se ao trabalho produtivo e os serviços como resposta adequada às circunstâncias adversas.

Outra vez seria necessária a conduta digna se o chefe do império, que foi o máximo impulsionador do bloqueio genocida contra a nossa pátria, oferecesse mais uma vez outra piedosa ajuda. Com certeza será rejeitada. O cessar do bloqueio contra Cuba é o que demanda o nosso povo, e agora mais do que nunca, quando existe o reclamo unânime da comunidade internacional em meio da crise financeira que atinge todos os países do planeta, desenvolvidos ou por desenvolver.

Existem aqueles que ainda sonham com pôr de joelhos a Cuba esgrimindo o criminoso bloqueio como instrumento da política exterior dos Estados Unidos da América contra a nossa pátria. Se esse país cair novamente nesse erro, poderia permanecer outro meio século a aplicar essa política inútil no tocante a Cuba, no caso de que o império fosse capaz de durar tanto tempo.

7 de novembro de 2008.

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