Por Edison Puente.
Há mais de meio século que uma ilha antilhana concretizou o sonho de libertação de 500 anos de dependência, de muitos patriotas, revolucionários e comunistas de America Latina. Por esta ousadia de ter lutado por um regime socialista, encabeçado por um partido marxista-leninista, com centralismo democrático e internacionalista, Cuba esta submetida a diferentes agressões como bloqueio econômico, político e militar, guerra de baixa e alta intensidade, guerra bacteriológica, guerra midiática, entre outras.
Lembremos que depois de Cuba ser o único território livre na América outros países lutaram para seguir o mesmo caminho de Fidel, Che, Camilo e Raul, nas décadas subseqüentes, vivendo agressões e sucessivos golpes militares. Tentaram acabar com todas as organizações
políticas, seus lideres, seguidores, simpatizantes e amigos. Submetendo-os às mais bárbaras atrocidades.
políticas, seus lideres, seguidores, simpatizantes e amigos. Submetendo-os às mais bárbaras atrocidades.
O império norte-americano ocupou estes territórios com ajuda e complacência das burguesias nacionais, reacionárias e conservadoras. Os norte-americanos através dos serviços militares, inteligência, assessoraram, financiaram e circularam livremente por nossa América (Plano Condor) para praticar a contra-revolução. As ditaduras militares na America Latina, durante décadas, assinaram 400.000 lutadores do povo. Adiaram a possibilidade de sua classe operária e campesina ter em suas mãos o arbítrio de gerir sua indústria e seus recursos naturais, com o objetivo de colocar o Estado a serviço das potencialidades e superações humanas e a construçõa de nações soberanas e independentes.
Quando atacam Cuba agridem toda a humanidade, pois atacam a possibilidade dos homens e mulheres deste planeta de se relacionar de uma forma solidária e de cooperação, acabando com a possibilidade de viver respeitando-nos uns aos outros.
Nos Estados Unidos 10 presidentes se sucederão em ações bélicas e nocivas contra Cuba. Foram praticadas centenas de atentados fracassados contra a principal liderança do país, o comandante-em-chefe Fidel Castro. Para o império, era uma questão de tempo acabar com Fidel. Minou a URSS (de Lênin, Stálin e Kruschev) durante dezenas de anos da chamada "guerra fria". Os EUA pensou que Cuba não suportaria o período especial, mas os cubanos nos surpreenderam novamente com sua forte articulação e aliança latino-americana, e hoje encabeça a maior organização autônoma já pensada em nossa América.
Surpreendentemente, o presidente do maior império, Barack Obama, recebe o Prêmio da Paz, mesmo atentando contra nações e a coexistência pacífica entre vários povos do mundo. Este indivíduo, antes de ser eleito, acenava com possibilidades de avanços nas relações com Cuba. Depois de empossado, sua política continua a mesma dos governos anteriores. Ou melhor, pior, ainda mais agressiva. No entanto, incapaz de por de joelhos a um povo heróico e digno.
Quantas vidas de inocentes, crianças e anciãos as nações pobres perderam por decisões dos países ricos, quantos compromissos assumidos pelo Parlamento Europeu deixaram de ser cumpridas, causando morte massiva e “efeitos colaterais” a milhares? Estes que permitem o contrabando aéreo de detidos, o estabelecimento de cárceres ilegais, pratica de tortura e de desaparecidos ficam calados quanto ao trabalho da solidariedade cubana para o mundo. Jamais suas empresas midiáticas vão mencionar que Cuba, apesar de estar bloqueada, encontra-se no Haiti prestando solidariedade onze anos antes do terremoto de janeiro de 2010.
Na própria Assembléia Geral das Nações Unidas (ONU), na 16ª vez, foi condenado o bloqueio de Estados Unidos contra Cuba. Foram 184 países a favor de que se pare essa genocida política contra Cuba. Na batuta do prêmio Nobel da Paz e a comunidade anti-cubana em território norte-americano, aprovaram a última das pérolas, depois das leis Torriselli, Helmis Burton e de manter terroristas confessos como Posada Carriles, Orlando Boch passeando livremente. Pasmem, Cuba entrou para a lista de países terroristas, entre outros 14 países.
O Estados Unidos mantém mais de 1.000 bases militares pelo planeta afora, invade países, bombardeia território alheio, apropria-se dos recursos naturais existentes e futuros, cria conflitos entre países para por sua indústria belicista a trabalhar 100%, no precisando mais de boinas-verdes em aviões que antes eram invisíveis. Em contraponto, como diz Raul Castro, "em meio século em Cuba não assassinamos ninguém, aqui não foi torturado ninguém, aqui não se foi produzido nenhuma execução extrajudicial. Bom, em Cuba, se foi torturado, porém, em Guantánamo, não em território que governa a revolução”.
A campanha mídiática financiada e orquestrada pelos Estados Unidos e a Comunidade Européia, através de importantes meios ocidentais de imprensa e ideologia, voltam a chamar a atenção com as mentiras requentadas de interesses imperiais nocivas à soberania e autodeterminação de Cuba. Tanto o caso da blogueira mercenária Yani Sanchez, como Orlando Zapata Tamaio, servem a interesses do Estado terrorista norte-americano.
Por que não se diz nada de cinco heróis presos injustamente, por defender seu povo e suas fronteiras de terroristas cubano-americanos, que de Miami, principal centro de agressões contra Cuba, foram executores de diversas ações de sabotagem, violência, gerando milhares de mortos e feridos, alem de perdas econômicas. Estes terroristas, integrantes da máfia cubana-americana também são responsáveis por contrabando de armas, drogas, tráfico de pessoas e por transmissões ilegais para território cubano entre outros crimes.
Diferentemente, os cinco heróis organizaram um dossiê com as informações do terrorismo para entregar ao governo dos EUA para que parem com injurias e agressões. Mas, ao invés de coibir o terrorismo, os EUA prenderem os heróis acusando-os, invertendo tudo, de terrorismo e por ter supostamente desrespeitando leis nacionais e tratados internacionais.
Os ideais de Bolívar, José Martí, Zapata, Sandino, Farabundo Martí, Manuel Rodrigues, Luiz Carlos Prestes, Manuel Marulanda, SchafiK Handal e muitos, e muitos outros, tornam-se as palavras da ordem do dia. A integração latino-americana avança através da ALBA e da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos, formada por 32 países.
Sabemos que o império rearticula-se e que vem pela frente novos campos de batalha e teremos que enfrentar. Por isso, torna-se cada vez mais necessário que estudemos nossa história, nossa realidade, nossas táticas e estratégias, que nos organizemos cada dia melhor para enfrentar nossos maiores inimigos o latifúndio, o monopólio e o império. Sim queremos continuar viajando na nossa única nave que nos temos: a “Nave Terra”.
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