domingo, 17 de dezembro de 2017

Medidas migratórias: enquanto EUA fecham as portas, Cuba abre [vídeo]

Migração é tema da jornalista cubana Leslie Salgado em vídeo para "TV Nocaute"; assista vídeo abaixo
Do Nocaute

Qualquer assunto migratório relacionado a Cuba não chama atenção só de cubanos e cubanas em outras partes do mundo, e o assunto tem estado geralmente politizado e também associado aos Estados Unidos.

As novas medidas migratórias anunciadas recentemente pelo chanceler cubano Bruno Rodriguez Parilla estiveram debaixo da lupa midiática. 

De que se tratam? Primeiro, da eliminação da “habilitación”, que era uma medida adicional à comum emissão de passaporte. Segundo, permitir a entrada através das marinas Hemmingway e Gaviota Varadero de cubanos residentes em outras partes do mundo em embarcações turísticas. 

Terceiro, essa medida tem um grande caráter humano porque é a eliminação do “avecindamiento”. Um processo que tinham que fazer filhos de cubanos e cubanas residentes de outras partes do mundo se quisessem ter nacionalidade cubana. Tinham que pedir em até 90 dias na ilha, coisa que às vezes era difícil pelo translado dos pais ou pela escola das crianças. Esse requisito se elimina.

O outro tema tem a ver com permitir a entrada dos cubanos que saíram da ilha de forma ilegal. E isto exclui as pessoas que saíram pela Base Naval de Guantánamo. 

No entanto, em uma nota publicada pelo Granma dias depois da publicação das medidas diz, diante dos questionamentos de muitas pessoas pela internet, que essa medida não inclui os médicos cubanos que saíram do país de forma legal como colaboradores, e uma vez aí abandonaram as missões porque saíram efetivamente de forma local, mas não esclareceram isso, poderiam mediante a qual eles podem voltar ao país e se incorporar ao Sistema Nacional de Saúde.

Essas medidas provocaram novos debates, novas perguntas, novas sugestões, mas Cuba respondeu que não são as últimas nem as únicas, e que são parte de um processo iniciado em 2013 como parte do que Cuba chamou de atualização da política migratória cubana. 

Esse anúncio dessas medidas acontece em um contexto muito especial. Um contexto em que os Estados Unidos reduzem em 60% seu pessoal da sua embaixada em Havana, à raiz dos supostos ataques sônicos, de que se falou muito na imprensa internacional, e da expulsão de 17 diplomatas cubanos de Washington. 

Por isso, ao apresentar essas medidas, enquanto os Estados Unidos fecham, Cuba abre, arrancaram aplausos daqueles que estavam reunidos ali em Washington.

Assista:

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