quarta-feira, 4 de setembro de 2013

“Os brasileiros podem esperar o melhor dos médicos cubanos”, afirma cônsul


Do MAB

“Os brasileiros podem esperar o melhor dos médicos cubanos que estão chegando. São profissionais extremamente bem preparados, todos com mais de 15 anos de experiência, que já estiveram em missões em outros continentes, como África e Ásia. São profissionais que atuaram em momentos de crise, em locais atingidos por terremotos, por exemplo. E, acima de tudo, são pessoas preparadas para atuar na prevenção, no cuidado com a saúde na atenção básica e para estar muito próximos do cotidiano das comunidades que mais precisam. Digo à população brasileira que pode contar com o carinho e a solidariedade dos médicos cubanos para cuidar de sua saúde”. 

A afirmação é do cônsul de Cuba em São Paulo, Alexander Cañede, referindo-se à chegada dos médicos cubanos para atuar no Programa Mais Médicos do governo federal. Junto com mais de três mil pessoas vindas de todo o Brasil, Cañede participou da abertura do Encontro Nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens, na segunda-feira, 2 de setembro, em Cotia, São Paulo. 

O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), assim como os demais movimentos sociais do campo ligados à Via Campesina, e movimentos sindicais e populares urbanos, apoia a vinda dos profissionais médicos cubanos, por entender que a necessidade de mais médicos no campo, pequenos municípios e periferias das cidades é muito grande. A presença do cônsul foi saudada pelos presentes ao Encontro do MAB, que salientaram a importância da solidariedade entre os povos no avanço das demandas populares. A militante do MAB Cida Lessa, atingida pela barragem de Manso, em Mato Grosso, que acaba de se formar em engenharia em Cuba, falou em nome de todos os brasileiros que estudam naquele país. “Desejo as boas vindas a todos os médicos cubanos que irão contribuir com a saúde da classe trabalhadora aqui no Brasil”, afirmou. 

 O cônsul cubano também comentou a relevância do Encontro Nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens. “Apoiamos completamente o evento e a discussão da geração de energia com soberania dos povos, com igualdade de acesso, defesa do meio ambiente e, principalmente, da vida e da dignidade humanas”, afirmou. Ele lembrou de um discurso de Fidel Castro à época da Eco 92, há 21 anos, quando o então presidente cubano afirmou que o desenvolvimento dos países não pode se sobrepor à vida. 

Foto: Joka Madruga

Nenhum comentário:

Postar um comentário