terça-feira, 27 de março de 2012

Cuba rejeita ingerência papal!


Havana, 27 de março - Ansa

O vice-presidente do Conselho de Ministro de Cuba, Marino Murillo, declarou hoje que "não haverá mudanças políticas' em seu país, mas garantiu que "atualizaremos todo o necessário do modelo econômico". 
   
O vice-mandatário fez uma revisão das mudanças econômicas e sociais ocorridas na ilha caribenha desde a Revolução Cubana, de 1959, ao falar para jornalistas no Hotal Nacional de Havana no marco da visita do papa Bento XVI a Cuba. 
   
"Em Cuba estamos falando da atualização do modelo econômico cubano, para fazer nosso socialismo sustentável e que tem a ver com o bem-estar do nosso povo", atestou, reforçando que o que o governo está fazendo "é atualizar o modelo econômico, não estamos fazendo reformas políticas".

Até agora, o Papa já citou, em seus pronunciamentos, os presos cubanos, sem especificar se se referia aos detidos por motivos políticos, e teceu críticas ao marxismo, que, segundo ele, "já não responde à realidade". 
   
Murillo é considerado um dos homens por trás das transformações econômicas que ocorrem em Cuba. Hoje, ele comentou sobre as mudanças e disse que elas são reflexo do que está ocorrendo em "todo o mundo". 
   
"O ponto de partida se parece ao da economia soviéticos em seu momento, porque tínhamos muitos vínculos comerciais com esse país. Temos estudado o que foi feito em todo o mundo em termos de modificação de seu modelo econômico: China, Vietnã, Rússia e outros países europeus", detalhou. 
   
Segundo o vice-presidente, a abertura às iniciativas privadas foi feita "com o ânimo de entender metodologicamente o que fizeram e os conceitos econômicos que eles aplicaram". 
   
Ele indicou, porém, que "isso não quer dizer que vamos copiar automaticamente o que fizeram os outros". "Dessas experiências aprendemos, mas em Cuba não vai haver uma reforma política", garantiu. (ANSA)

Um comentário:

  1. entendo o ressentimento do papa contra o marxismo. afinal ele foi da juventude hitlerista e ficou traumatizado com a derrota nazi contra a URSS

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