sexta-feira, 9 de março de 2012

Cuba exige investigação dos crimes da OTAN na Líbia!

Fonte: PRENSA LATINA

Genebra, 9 de Março de 2012 - Prensa Latina

Cuba exigiu hoje uma investigação profunda de todos os crimes cometidos pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) durante os indiscriminados bombardeios perpetrados contra o povo da Líbia.

"Os alertas que emitiu Cuba a respeito das pretensões de intervenção imperialista na Líbia foram confirmados pelos fatos", assegurou seu embaixador em Genebra, Rodolfo Reyes.

O diplomata exigiu o fim da impunidade sobre esses crimes ao participar em um diálogo interativo com a Comissão de Investigação Internacional à Líbia, que entregou um relatório à XIX sessão regular do Conselho de Direitos Humanos da ONU.

Afirmou que a manipulação da Resolução 1973 do Conselho de Segurança permitiu à OTAN levar a cabo brutais e injustificáveis bombardeios contra o país africano e a matança indiscriminada de civis inocentes.

Foi imposta a doutrina da mudança de regime, disse Reyes, e denunciou que a mal-intencionada e cínica defesa da chamada Responsabilidade de Proteger está a serviço do apetite hegemônico e agressivo do grande capital.

"Os Estados Unidos e seus aliados da OTAN não agiram para proteger os direitos humanos. Sua verdadeira motivação foi obter o controle do petróleo e das enormes reservas de água da Líbia e impor sua presença militar no território líbio", explicou.

Além disso, acrescentou, tiveram como objetivo estabelecer ali uma ponta de lança contra o processo que atravessavam os movimentos de reivindicações populares no norte da África e no Oriente Médio.

A esse banquete econômico e geoestratégico, disse Reyes, se soma o benefício do crescente silêncio perante as ações de Israel contra o povo palestino.

"Ao povo palestino, os Estados Unidos e a OTAN não reconhecem o direito a ser protegido; se negam, de modo cúmplice, a assumir sua responsabilidade de protegê-lo", assegurou o diplomata cubano.

Reyes expressou a solidariedade de Cuba com o povo líbio e exigiu que se respeite plenamente o exercício de seu direito à independência e a livre determinação, à soberania sobre seus recursos naturais e à integridade de seu território.

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