terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Mortalidade infantil em Cuba em 2011: 4,9


Fonte: MAX ALTMAN (por email)
por José de La Osa, da redação do GRANMA (delaosa@granma.cip.cu)

Las Tunas —com 3,5— alcança a taxa mais baixa do país. Sete províncias abaixo da média nacional. Ocorreram 5.317 nascimentos mais que em 2010. Dos 168 municípios do país, 17 tiveram zero de mortalidade infantil. As mulheres em idade fértil devem estabelecer uma adequada planificação familiar.

Nos últimos quatro anos Cuba alcança cifras inferiores a 5 na taxa de mortalidade infantil — a mais baixa das Américas junto ao Canadá —, sustentada no acesso aos serviços assistenciais que recebem a mãe e a criança.

A justiça social se revela de modo inequívoco quando observamos o comportamento desse indicador nas 15 províncias do país e o município especial Ilha da Juventude. As que apresentam no ano recém concluído um resultado superior à média nacional de 4,9 não ultrapassam 7,9.

Os Estados Unidos registram uma mortalidade infantil de 7. Nas faixas onde habita a população mais despossuída essa taxa é no mínimo 2,5 vezes superior. E cerca de 7 milhões de crianças carecem de cobertura sanitária.


Como sabemos, a taxa de mortalidade infantil, que mede o risco de morrer durante o primeiro ano de vida — o mais crítico na sobrevivência do ser humano – é expressão da qualidade com que um país atende e protege a mãe e a criança, sua saúde, sua segurança material, sua educação e socialização. É por isto um indicador demográfico internacional que mostra de forma sintética esses avanços.

Segundo dados preliminares oferecidos a Granma neste primeiro de janeiro pela Direção de Estatísticas do Ministério de Saúde Pública, em 2011 houve 133.063 nascimentos, que representam 5.317 mais que em 2010.

Quando interrogamos especialistas no tema sobre como Cuba torna possível estas taxas favoráveis de mortalidade infantil, as respostas soem ser do mesmo teor: vontade e decisão política, um alto grau de escolarização da população, um amplo programa de vacinação com uma cobertura de praticamente 100 % das crianças e um sistema sanitário universal, acessível e gratuito, que resgata agora a concepção inicial do Programa de Médico e Enfermeira da Família para atingir um sistema de saúde mais eficiente e sustentável. A isto se soma a alta qualificação científico-técnica de nossos trabalhadores da saúde, com sua proverbial entrega e solidariedade humana.

No início da gravidez se estabelece a classificação de risco genético; estudo de eletroforesis de hemoglobina para identificar portadoras de anemia drepanocítica (sicklemia); se a gestante é portadora, se pratica o estudo no esposo e se ambos o são, se realiza ao filho por nascer o diagnóstico da condição de são, portador ou enfermo.

Também se realiza o ultrassom genético no primeiro e segundo trimestre de gravidez e um estudo de alfafetoproteína para a identificação dos defeitos do sistema nervoso central. Às gestantes de 37 anos e mais, as de maior risco de ter um bebê com enfermidades devidas a alterações cromossômicas (Síndrome Down, por exemplo) se lhes oferece a possibilidade de se realizar um estudo pré-natal citogenético.

Os médicos de família prestam essa atenção e dão seguimento aos transtornos vinculados ao risco preconcepcional. Para tanto se deve acudir à consulta pelo menos seis meses antes da planificação de uma gravidez desejada. Estes riscos estão relacionados fundamentalmente com a desnutrição, anemia, hipertensão, diabetes mellitus, hipotiroidismo, infecções dos aparelhos reprodutivo, urinário e respiratório (asma).

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