Por Jean Guy Allard no site da TeleSUR
Alan Gross, o contratista norte-americano da USAID, preso em Cuba por ter introduzido ilegalmente na ilha equipamentos de comunicação satelital de última geração, considera que os Estados Unidos possam trocá-lo com os cinco cubanos presos neste país, da mesma forma que Israel trocou há pouco tempo o israelense Gilad Shalit por prisioneiros palestinos.
A informação foi dada pelo rabino estadunidense David Shneyer, em uma carta à sua comunidade, na volta de uma viagem à Havana em que ele, após ter sido autorizado, visitou o seu correligionário.
"Depois de ter conhecimento sobre a troca recente de Gilad Shalit por mais de mil prisioneiros palestinos, (Gross) considerou que os Estados Unidos e Cuba poderiam fazer o mesmo com ele e os Cinco Cubanos", que cumprem penas nos Estados Unidos, escreveu o Rabino Schreyer no documento publicado em Washington pelo boletim da comunidade Am Kolel, fundada e dirigida por ele.
A informação foi dada pelo rabino estadunidense David Shneyer, em uma carta à sua comunidade, na volta de uma viagem à Havana em que ele, após ter sido autorizado, visitou o seu correligionário.
"Depois de ter conhecimento sobre a troca recente de Gilad Shalit por mais de mil prisioneiros palestinos, (Gross) considerou que os Estados Unidos e Cuba poderiam fazer o mesmo com ele e os Cinco Cubanos", que cumprem penas nos Estados Unidos, escreveu o Rabino Schreyer no documento publicado em Washington pelo boletim da comunidade Am Kolel, fundada e dirigida por ele.
Na carta, o líder religioso conta como visitou Gross no complexo do Hospital Militar Carlos Finlay de Havana. "Peguei um taxi do Hotel Presidente, na tarde da última quinta-feira". "Eu fui recebido por quatro homens: um guarda, um médico, um funcionário do Ministério do Interior e um tradutor". "Os seus guardas tinham criado um espaço confortável com dois sofás e uma mesa com refrigerantes. Alan explicou que, normalmente, a sala é utilizada para as reuniões com os médicos. "Nos reunimos ao redor de uma hora e quarenta minutos", relembra, precisando que levou bombons de amendoim ao preso, que ele adora.
"Alan realiza um ritual de Shabat todas as sextas-feiras, durante a noite, entre as fotografias dos familiares e amigos. Ele me deu um par de pulseiras fabricadas com tampas de garrafas de plástico, como presente para amigos e visitantes. De modo que, fora da sua cela, não se esqueçam", ressaltou.
Ao concluir o texto, Rabbi Schreyer pediu a todos que ligassem periodicamente para os escritórios de Barack Obama, de Hillary Clinton e de membros do Congresso, para exigir a libertação do preso.
Gross foi condenado em março a 15 anos de prisão por crimes contra o Estado. Foi preso em Cuba em dezembro de 2009. O contratista realizava a tarefa de "contratista" como parte de um programa de desestabilização financiado pela agência estadunidense USAID.
"Os Estados Unidos não deveriam esperar que Cuba libere um contratista estadunidense com base em um gesto humanitário unilateral", disse Ricardo Alarcón, presidente do parlamento cubano, no começo de outubro, em entrevista à agência de notícias norte-americana Amarican Press. Esperar um gesto assim "não seria razoável", afirmou.
No entanto, pressionado por congressistas cubano-americanos da extrema direita, liderados por Ileana Ros-Lehtinen, o governo dos Estados Unidos "desmentiu" que teriam feito negociações sobre este tema com Havana.
"Os Estados Unidos não estão considerando a libertação de nenhum dos 'Cinco Cubanos' em troca de Alan Gross", disse a porta-voz do departamento de Estado, Victoria Nuland.
Uma das personalidades favoráveis à libertação dos cubanos é o ex-presidente norte-americano Jimmy Carter, que garantiu, em uma visita em Havana, que no julgamento dos cubanos aconteceram irregularidades.
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