domingo, 23 de outubro de 2011

Estados Unidos dá tarefas de propaganda suja e de inteligência contra Cuba a estrangeiros!

Por Jean Guy Allard do site da TeleSUR

O governo de Washington escolheu "contratistas" estrangeiros, um procedente de Hong Kong e outro de Israel, para realizar operações de propaganda suja contra Cuba, inundando os sistemas de comunicação com material destinado a desestabilizar o país.

Esta observação nasce da publicação, no site "Cuba Money Project", do jornalista e pesquisador norte-americano Tracey Eaton, de documentos do Broadcasting Board of Governors (O comando de Governadores das Transmissões, o BBG, pela sigla em inglês), é o organismo federal destinado a reger as comunicações nos Estados Unidos e realizar tarefas de propaganda política deste país no exterior.

Recentemente, o BBG tem outorgado, sucessivamente, contratos para por em marcha as operações propagandísticas, tanto por celulares como por televisão na ilha, com absoluto desprezo dos convênios internacionais e das regulamentações cubanas, contratando firmas cujos donos poderiam significar sérios riscos de segurança.
No caso do contrato destinado a bombardear milhares de celulares cubanos, selecionados de uma fonte indeterminada pelo próprio BBG, com mensagens propagandísticas divulgadas pelo pessoal do sistema de desinformação, foi atribuido a "Washington Software", uma firma desconhecida de "propriedade asiática-americana", segundo os próprios registros estatais.

Washington Software, firma radicada em Germantown,Md., declara ter 11 empregados e reservas de 560.000 dólares, o que parece muito pouco considerando a média dos salários e dos custos gerais na região. É desconhecido se a tarefa de inundar Cuba de SMS será subcontratada na ex-colonia inglesa, o que seria o cúmulo da incongruência.

O site da empresa não revela um só nome dos membros da sua administração e dos funcionários. Cinco dos seus empregados aparecem quando se realiza uma busca na internet e nas chamadas redes sociais.

Segundo estas fontes não-oficiais, o presidente da empresa é um tal Michael Cheng. Ele realizou seus estudos na Universidade de Hong Kong antes de ir para os Estados Unidos.

Dois dos seus trabalhadores do setor da informática se chamam Andrew Leung e David Lam. Este último foi auxiliar de docência na Universidade do Texas.

No entanto, o agente registrado da firma no Estado de Maryland é um tal de Wai Pong Leung, que declara como domicílio a cidade de Silver Spring.

Uma firma israelense para agredir Cuba

A natureza do segundo responsável por agredir Cuba através das ondas não é tão estranha quanto altamente suspeitosa, tomando em conta as especificações do contrato - muitas evidentemente vinculadas à operações de inteligência.

RRSat Global Communications, que tentará regar por satélite as televisões dos cubanos com programas de propaganda norte-americana, pertencem a David Rivel, um empresário israelense.

David Rivel é um engenheiro formado no Technion, do Israel Institute of Technology, Campus de Be'er Sheva. O cidadão do estado sionista é membro de distintas sociedades, entre as quais o IEEE, World Teleport Association (WTA) e a Sociedade Internacional dos Profissionais de Satélite (SSPI).

O endereço da companhia é o seguinte: Reem Junction, D.N. Shikmin 79813, Israel.

Entre os seus clientes, Rivel tem vários "grandes" da indústria norte-americana das comunicações entre os quais Fox Sport, CNN, Nickelodeon, NBC e Playboy.

Programas codificados, controlados direto de Miami

Estranhamente, a empresa terá que descobrir como difundir programas destinados ao público como emissões cifradas - que não podem ser para outro fim que não seja o de inteligência.

Estas emissões terão que ser controladas de Miami pelos agentes do Office of Cuba Broadcasting (OCB) - O orgão federal de propaganda contra Cuba, uma dependência da Voice of America.

O sinal terá que ser suficientemente potente para ser captado por "telas refletoras tão pequenas como a de 31.5 polegadas".

O OCB será feito diretamente de Miami pelo pessoal da "agência" utilizando equipamentos Scientific Atlanta /Cisco IRD.

O contratista usará seu sistema satelital Hispasat, cujo sinal terá que ser ativado "sem intervenção ou problema algum".

Este serviço terá que funcionar "24 horas por dia".

Se as provas são exitosas, o contrato poderia se estender até ter um valor de 1.054.500 dólares, segundo o site Cuba Money Project (cubamoneyproject.org).

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