Tradução para o Solidários: Michelli Zimmermann Souza
As crianças doentes têm um menor risco de morrer na
Suíça, segundo um ranking divulgado ontem pela organização dos direitos da
criança Save The Children, o que coloca Chade em último lugar e Cuba em um
excelente 8º lugar, entre 161 países.
A análise é baseada em três indicadores: a proporção
de médicos, enfermeiros, parteiras e outros profissionais de saúde por 1.000
habitantes; a proporção de crianças vacinadas contra difteria, tétano e
coqueluche; e a proporção de mulheres que dão à luz na presença de uma
parteira.
A Suíça ocupa o primeiro
lugar de acordo com esses critérios, seguida pela Finlândia, Irlanda e Noruega.
Cuba ocupa a oitava posição - primeira nação latino-americana nesse ranking - à frente, por exemplo, da Alemanha (10 ª), da Rússia (11), da
França (12), do Reino Unido (14) ou dos Estados Unidos (15).
Uruguai ocupa a posição 31,
imediatamente à frente da Espanha, e Brasil o 35. México (65), Chile (80),
Colômbia (85), Panamá (88), El Salvador (89), Costa Rica (90), Venezuela (93),
Equador (95), Peru (99) e Bolívia (107) são os outros países latino-americanos
considerados na classificação.
Os últimos cinco listados
são Nigéria, Etiópia, Laos, Somália e Chade. Entre os 20 últimos classificados
13 são países africanos.
"Esta análise mostra
que as crianças nesses países" africanos, que necessitam de profissionais
do ramo da saúde "têm cinco vezes mais chances de morrer do que nos países
que estão no alto da classificação", indica a ONG Save The Children.
Em termos globais, Save The
Children "enfatiza a falta de mais de 3,5 milhões de médicos, enfermeiros,
parteiras e agentes comunitários de saúde em todo o mundo", segundo um
comunicado dessa ONG.
"Sem os profissionais
de saúde, não se pode administrar qualquer vacina, ou prescrever qualquer
medicação e as mulheres não podem obter ajuda durante o parto. Doenças como
pneumonia e diarréia, que são fáceis de curar, tornam-se mortais", diz
Save The Children.
A ONG também pede aos países
ricos para "aumentar o financiamento em favor da saúde" e sublinha
que "globalmente, faltam dois terços dos meios necessários para alcançar o
acesso universal aos cuidados de saúde para todas as mães e crianças".
"No momento, a
sobrevivência de uma criança depende do lugar no mundo em que nasce. Nenhuma
mãe deveria assistir, impotente, o seu filho crescer doente ou morrer diante de
seus olhos, simplesmente porque não há ninguém treinado para ajudar", diz
no comunicado Aboubacry Tall, diretor regional da Save The Children-UK para o
centro e o oeste da África.
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