Por Luciano Machado*
Fonte: WEBARTIGOS
Alguns indivíduos, sem dúvida, mais do que por suas convicções ideológicas, estão ganhando dinheiro para falar mal de Cuba, em conferências, em livros ou em artigos que depois são transformados em livros.
Eles praticamente dedicam a sua vida e a sua obra literária à difamação e ao ataque a um regime que não escolheriam para si e para os seus, pois lhes retiraria algumas vantagens e mordomias que só o sistema capitalista lhes proporciona.
Entre as coisas negativas apontadas na política econômica e social de Cuba estão o rigorismo das leis do Estado, o combate à impunidade, os baixos salários, a ausência de livre escolha de emprego, a impossibilidade de adquirirem os cubanos certos bens de consumo e a demissão coletiva de empregados de tempos em tempos, quando necessário ao equilíbrio financeiro do Estado.
O que os detratores de Cuba não conseguem negar é que o Estado Cubano oferece quatro coisas básicas e fundamentais para a tranqüilidade e a sobrevivência física e intelectual dos indivíduos: Segurança, Saúde, Habitação e Educação. E é claro que para se ter saúde, segurança e educação é necessário ter saneamento básico, leis severas, serviços médicos e hospitalares gratuitos e o ensino em todos os níveis garantido pelo Estado.
Além disso, criando postos de trabalho, com o fornecimento de alimentos subsidiados e outros incentivos, Cuba conseguiu terminar com a vagabundagem, os vícios, o desemprego e a mendicância.
E ainda se dá ao luxo de oferecer ensino universitário da melhor qualidade a estudantes estrangeiros e ajuda internacional na área de saúde.
Enquanto em vários países, entre os quais o Brasil, milhares de pessoas morrem nas filas do SUS por falta de assistência médica e hospitalar, populações inteiras estão sob o domínio das mazelas da miséria, da doença, da fome e da criminalidade e milhões de jovens se entregam ao vício das drogas -- em Cuba, apesar dos pesares apontados pela crítica internacional, isso não acontece. Cuba oferece o que é possível, diante do quadro sócio-econômico em que se encontra como país originalmente isolado pelos Estados Unidos nas relações comerciais de importação e exportação com o mundo capitalista, e ofereceria muito mais se lhe permitissem usufruir dos benefícios de uma nação totalmente livre de ataques, preconceitos, embargos ou restrições.
Se assim como se encontra, consegue manter a educação e a saúde em níveis aceitáveis e reconhecidos mundialmente, imaginem se pudesse fazer mais. Ela então se transformaria na melhor nação do mundo.
Cuba, sendo já uma ilha, e estando isolada sob diversos outros fatores além do geográfico, entre os quais o sócio-econômico, não poderia realizar prodígios. Mas sabe administrar muito bem os recursos e o prestígio que lhe restaram, depois do embargo econômico, da odiosidade (incluindo o apoio a atentados terroristas contra o seu território) que lhe foram decretados por Eisenhower e seus comparsas, cujas conseqüências ainda repercutem depois de meio século.
Se pudéssemos fazer um diagnóstico, diríamos que Cuba é um paciente moribundo, ferido de morte pelo imperialismo, com uma sobrevida para muito além do que imaginavam os seus inimigos.
E ainda continua sendo a Pérola do Caribe, com muito mais razão e dignidade do que antes, quando era explorada pelo lenocínio, pelos cabarés e cassinos da máfia norte-americana, sob o regime de Fulgêncio Batista.
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