No centro da praça tem um busto de Fidel Castro | Foto: Martha Llanes/ Prensa Latina |
Do Resistência
Forjada em tempos de guerra e de paz, a amizade entre o Vietnã e Cuba instalou um novo símbolo na cidade de Dong Ha, capital de Quang Tri, província localizada na região cetro-norte do país asiático. Trata-se de uma praça com o nome de Fidel Castro, inaugurada ontem (15).
Altos dirigentes dos dois países descerraram o pano de inauguração de um busto em bronze daquele que foi provavelmente a figura internacional que mais contribuiu para as últimas lutas da nação indochinesa pela independência e a reunificação do país.
Fidel Castro sentiu uma enorme admiração e carinho por este povo e um grande respeito pelo presidente Ho Chi Minh, disse o primeiro vice-presidente de Cuba, Salvador Valdés, no ato de inauguração.
Esta praça é um monumento à fraternidade entre os dois países e uma reafirmação da vontade comum de fortalecer nossas relações políticas, econômicas e de cooperação, disse Valdés, que é também membro do Birô Político do Partido Comunista de Cuba (PCC).
O presidente do Comitê Popular (governo) da província, Nguyen Duc Chinh, ressaltou que a praça é inaugurada justamente aos 45 anos da passagem de Fidel Castro por Quang Tri, a primeira linha de fogo nos combates pela independência.
Por sua parte, a dirigente do Partido Comunista do Vietnã (PCV), que integra o Birô Político e é presidenta da Associação de Amizade Vietnã-Cuba, Truong Thi Mai, ressaltou que embora o panorama visto por Fidel seja muito diferente do atual, os sentimentos dos vietnamitas para com o povo cubano e seus líderes se mantêm inalterados.
Durante sua visita em setembro de 1973, o então primeiro-ministro cubano foi o primeiro e único estadista que durante os tempos da guerra cruzou o Paralelo 17 e esteve em Quang Tri, ainda sob a ameaça dos bombardeios estadunidenses.
Praça foi inaugurada pelo vice-presidente cubano Salvador Valdés | Foto: Martha Llanes/ Prensa Latina |
Convidado especialmente pela ocasião, Valdés esteve no dia anterior na província vizinha de Quang Binh e cruzou o rio Ben Hai, que até 1975 marcou a fronteira entre o Norte e Sul do Vietnã.
Ele estava acompanhado pelo vice primeiro-ministro das Relações Exteriores, Marcelino Medina; o diretor de Ásia e Oceanía da chancelaria, Alberto Blanco; a embaixadora Lianys Torres, e altos dirigentes do PCV e dos dois territórios.
Além de visitar cenários da guerra onde o Comandante em Chefe da Revolução cubana esteve, o primeiro vice-presidente cubano percorreu o Hospital Amizade Vietnã-Cuba, que por iniciativa de Fidel funciona desde 1981 em Dong Hoi, a capital de Quang Binh. Atualmente ali trabalham quatro médicos cubanos.
Antes, na sexta-feira (14), realizou visitas de cortesia ao secretário geral do PCV, Nguyen Phu Trong; ao presidente Tran Dai Quang; ao primeiro- ministro Nguyen Xuan Phuc; e à titular da Assembleia Nacional, Nguyen Thi Kim Ngan.
Também depositou oferendas florais diante do Monumento aos Mártires e do Mausoléu a Ho Chi Minh, e manteve conversações oficiais com Truong Hoa Binh, vice primeiro-ministro permanente e membro do Birô Político do PCV.
Em todos os encontros os anfitriões ressaltaram que a visita de Fidel em 1973 foi um fato marcante nas exemplares relações de fraternidade e cooperação entre os dois países.
Valdés conclui neste sábado sua visita ao Vietnã, terceira parada de um giro asiático que antes o levou à China e à República Popular Democrática da Coreia.
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Com Prensa Latina.
Edição: Blog Solidários.
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