quinta-feira, 19 de julho de 2018

"Foro de São Paulo" defende fim do bloqueio a Cuba e Lula livre

Leitura do documento final do encontro | Foto: Foro de São Paulo
O 24º Encontro do Foro de São Paulo, que se realizou em Havana, entre os dias 15 e 17 de julho, com a presença de diversos líderes latino-americanos defendeu, em seu documento final, a unidade da esquerda como forma de resistir à ofensiva reacionária, conservadora e restauradora neoliberal no continente.

Pelo fim do bloqueio dos Estados Unidos contra Cuba

A resolução, que saudou a eleição de abril, que elegeu o novo presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, defendeu o fim do bloqueio estadunidense contra Cuba e a devolução de Guantánamo para os cubanos:

"Demandamos o levantamento incondicional, total e definitivo do bloqueio econômico, financeiro e comercial do governo dos Estados Unidos contra Cuba, e a indenização ao povo cubano pelos danos e prejuízos causados por mais de meio século de agressões de todo tipo. Exigimos a devolução ao povo de Cuba do território ocupado pela ilegal base naval estadunidense em Guantánamo", revindica o texto final do encontro.

Lula Livre! Lula Inocente! Lula Presidente! 

O documento, que foi lido pela secretária-executiva do Foro, Mônica Valente, também protestou contra a condenação e prisão de Lula e defendeu a liberdade e a candidatura a presidente do Brasil do líder brasileiro:

“Exigimos a liberdade imediata de Lula, depois de uma condenação e prisão sem provas e o direito a ser candidato presidencial nas eleições de outubro no Brasil, respeitando a vontade da maioria do povo brasileiro. Lula Livre! Lula Inocente! Lula Presidente!”, diz o texto.

Fortalecimento da Celac e outras demandas

O Foro defendeu também que a América Latina e o Caribe sejam declaradas ‘zona de paz’ e condenou as iniciativas de desestabilização no continente, como o descumprimento dos acordos de paz entre o governo colombiano e a guerrilha das Farc, os recentes protestos violentos na Nicarágua e a ‘guerra não-convencional’ contra a Revolução Bolivariana na Venezuela.

O texto exigiu ainda a ‘eliminação de todas as 77 bases militares estadunidenses que existem na região”, a descolonização total do Caribe, a independência de Porto Rico e a demanda histórica da Argentina sobre a soberania das Ilhas Malvinas, Georgias do Sul e Sandwich do Sul.

Por fim repudiou a política de imigração do governo de Donald Trump, nos Estados Unidos e fez um chamando para fortalecer a Celac (Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos) no sentido de concretizar a unidade e a integração regional.

Representantes de 20 países participaram do encontro | Foto: Ricardo Patiño
Lideranças presentes

Além do primeiro-secretário do Partido Comunista Cubano, o ex-presidente Raúl Castro, e do atual presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, participaram da reunião os presidentes da Bolívia, Evo Morales, de El Salvador, Salvador Sánchez Cerén, da Venezuela, Nicolás Maduro e a ex-presidenta do Brasil, Dilma Rousseff.

Com informações de Opera Mundi, CUT e Cuba Debate.

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