sexta-feira, 1 de março de 2013

Yoani acusou o golpe!

Na última quarta-feira, afirmávamos que o fato da gusana-mor, Yoani Sánchez, ter deixado de ir para a Argentina (como era o planejado) representava uma vitória do Movimento de Solidariedade Brasileiro com Cuba.

Avaliávamos que os patrões da mercenária haviam percebido terem sido derrotados na guerra de ideias no Brasil. Por isso, para evitar maiores desgastes - posto que os solidários e solidárias argentinos também iriam demonstrar seu repúdio - levaram a marionete para um país de confiança, a República Checa.

A notícia que é divulgada hoje (íntegra abaixo) reforça esse entendimento.

Em Praga, a mercenária reclamou do "boicote" sofrido no Brasil.


Atrás da ridícula acusação de distribuição de um suposto dossiê, ela revela, de fato, o golpe sofrido na sua imagem de santa perseguida. Toda a articulação da mídia burguesa, seus institutos e organizações, não foram suficientes para evitar a derrota na guerra de ideias. Derrota por onde passou e no palco da internet. O Movimento de Solidariedade - com toda sua heterogeneidade - soube responder em peso a farsa da mercenária.

Em Praga, como revela a reportagem, ela se sentirá em casa. Contudo, aquele país representa muito pouco na guerra de ideias em que Cuba é a peça chave. Na América Latina e no Brasil, o recado está dado: Cuba não está só!

Em tempo, sem falsa modéstia, uma consulta rápida ao nosso blog seria suficiente para montar um enorme dossiê contra a mercenária. A Embaixada de Cuba não precisaria mover um dedo.


A reportagem:
Em Praga, Yoani Sánchez critica boicote sofrido no Brasil

A dissidente cubana Yoani Sánchez, uma das vozes mais midiáticas de seu país através do blog "geração Y" e do Twitter, denunciou nesta sexta-feira em Praga, na República Tcheca, o boicote que sofreu em sua recente visita ao Brasil e que considerou de responsabilidade do governo de Havana.

Em entrevista concedida à Agência Efe na capital tcheca, a ativista política explicou que, poucos dias antes de sua chegada ao Brasil, o embaixador cubano em Brasília distribuiu um dossiê contra ela, inclusive entre funcionários do PT.

Segundo a blogueira, de 37 anos, "isso aqueceu os ânimos, porque muitos brasileiros sentiram que era uma intromissão nos assuntos internos" de seu país.

O que Yoani classifica como "escândalo político" ficou manifestado, na sua opinião, pelo fato de que semanas antes de sair de Cuba, vários blogs governistas tinham dito que lhe dariam uma "resposta contundente" no exterior.

No momento em que chegou a Recife, Yoani foi recebida por um grupo de críticos com cartazes contra ela, que voltaram a aparecer posteriormente nas apresentações do documentário "Conexão Cuba-Honduras", dirigido pelo brasileiro Claudio Galvão e que era o motivo principal de sua viagem ao Brasil.

O mesmo grupo boicotou depois em São Paulo uma leitura e sessão de autógrafos de seu livro "De Cuba, com carinho", apresentado no Brasil já em 2009, embora sem sua presença, já que na época o regime não a deixava sair de Cuba.

Mas Yoani ponderou que "a grande maioria" das pessoas com as quais se encontrou no Brasil foi solidária a ela.

Em todo caso, a dissidente não mordeu a língua ao qualificar esses atos de protesto contra ela como "violação" de seu direito de expressão, "porque restringir a apresentação de um documentário e assinatura de um livro, é um ato, quando menos, de um fanatismo repressivo".

A mensagem de sua viagem de 80 dias por vários países é "de esperança", segundo a ativista, mas não pelas reformas que o governo cubano possa implementar, "mas pelo crescimento e desenvolvimento" que ela nota na sociedade civil cubana.

A República Tcheca é a segunda escala desta viagem, que incluirá além disso México, Estados Unidos, Alemanha, Suíça, Suécia, Itália, Espanha, Peru e talvez a Argentina.

Quanto à República Tcheca, Yoani reservou palavras de agradecimento pela "postura consequente" do governo de Praga por sua posição a favor dos direitos humanos em Cuba.

A blogueira anunciou que "muito provavelmente" terá reuniões com membros do governo tcheco, de centro-direita, cujo ministro das Relações Exteriores, Karel Schwarzenberg, continuou a política de aproximação com a oposição cubana, o que foi iniciado pelo falecido ex-presidente e dramaturgo Vaclav Havel.

Durante seus meses fora de Cuba, Yoani disse querer ficar em dia com o jornalismo no mundo livre, já que os cubanos estão "praticamente no zero quanto a ter uma imprensa minimamente próxima da realidade". A ativista reconheceu que "a imprensa totalmente livre não existe em nenhum lugar", mas destacou que ela vem de um país no qual a imprensa é "propriedade privada de um só partido".

"Aqui noto que, sendo propriedade privada de outros, pelo menos há uma pluralidade desses outros", acrescentou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário