PARIS.— A associação francesa Cuba Cooperação manifestou a disposição de incrementar a solidariedade com Cuba e reiterou sua rejeição ao bloqueio dos EUA e à chamada posição comum da União Europeia.
Criada há 17 anos, a organização não-governamental se propõe fundar comitês em todo o território francês, para se converter numa entidade de caráter nacional, segundo um acordo adotado em sua assembleia anual.
“A Cuba Cooperação surgiu em 1995, primeiro como uma forma de oposição ao bloqueio e depois para favorecer a colaboração, e esses objetivos se mantêm vigentes”, declarou o novo presidente eleito da associação, Victor Fernández.
Em declarações oferecidas à agência Prensa Latina, Fernández qualificou de inaceitável o cerco econômico, comercial e financeiro, mantido por Washington contra Cuba, há mais de cinco décadas.
“Também somos opostos à posição comum da União Europeia”, disse.
Essa política intervencionista, impulsada em 1996 pelo presidente na época do governo espanhol, José María Aznar, limita drasticamente as relações com Cuba e constitui uma violação das regras da Organização Mundial do Comércio.
“Nós consideramos que não podem existir condicionamentos na cooperação entre os povos”, afirmou o dirigente da associação que reúne políticos, empresários e pessoas individuais, interessadas em ajudar o país caribenho.
Explicou que, neste momento, a organização está implementando vários projetos em Havana, entre eles o do Parque Metropolitano e outro para o tratamento das águas, com financiamento dum organismo estatal francês e da fundação Veolia.
“Na província de Cienfuegos, disse, existem umas 30 iniciativas, em parceria com o Programa de Desenvolvimento Humano, entre elas a reabilitação do teatro Tomas Terry, as luzes do centro histórico dessa cidade e a construção de dois lares para idosos”.
“Além disso, existe um projeto quase permanente. Contribuimos com o Gabinete do Historiador de Havana no resgate da casa Víctor Hugo”, expressou Fernández.
A Cuba Cooperação também participa de eventos culturais, exposições e o lançamento do Prêmio Literário da Casa Víctor Hugo, evento que se propõem repetir em 2013.
O presidente da associação anunciou que em novembro próximo uma delegação francesa visitará Cuba, para participar da inauguração da Escola de Ofícios de Cienfuegos e para examinar possíveis esferas de cooperação, entre elas a agricultura.
Autoridades cubanas afirmam que o dano econômico ocasionado pelo bloqueio ao povo cubano, até dezembro de 2011, considerando a depreciação do dólar ante o valor do ouro no mercado internacional, atinge US$1,6 trilhão. (PL)
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