segunda-feira, 4 de junho de 2012

Cuba inaugura Festival em honra da Rússia


No âmbito da 7ª Edição do Festival de Orquestras Sinfônicas em Moscou dedicado ao principal Feriado Nacional – o Dia da Rússia – assinalado no dia 12 de junho, atuou o primeiro participante– a Orquestra Sinfônica Nacional de Cuba.

Deste modo, os concertos do coletivo cubano no Salão de Colunas da Casa dos Uniões da capital russa inauguraram uma série de saudações por motivo da Festa apresentadas por países do Novo Mundo.

De salientar que a Orquestra Nacional de Cuba, na sua composição atual, chegou à Rússia em sua primeira digressão, embora os melómanos moscovitas conheçam bastante bem este brand cubano com a história de mais de 50 anos. Um elenco anterior da Orquestra esteve a visitar Moscou em 1986. Porém, não só essa viagem é que liga os músicos cubanos com a Rússia. O Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário de Cuba na FR, Juan Valdes Figueroa considera que, desde que foi fundada, a Orquestra não podia nem pode passar sem a música e os músicos russos.

"A Orquestra está estreitamente ligada à Rússia, posso citar alguns dados a esse respeito, prossegue o alto diplomata e adianta que oito músicos se formaram por Conservatórios da Rússia, treze foram preparados por professores catedráticos russos residentes na ilha. Entre os autores cuja musica é interpretada pela Orquestra figuram Tchaikovsky, Rakhmaninov, Rimski-Korsakov, Glinka. Ao longo de vários anos a Orquestra foi regida por Igor Stravinsky, Nikolai Slonimski, Verônica Dudarova e o nosso caro regente e pedagogo, Vladimir Zena, que esteve em visita a Cuba no ano passado. Daí se pode compreender com muita facilidade que se trata da orquestra que adora a Rússia, mas não a visitou há já muito tempo."

Convém constatar que a Orquestra Sinfônica Nacional se preparou bem para encontros com o público russo. Em dois programas demonstrou um largo diapasão de potencialidades a interpretar, em um concerto, toda uma série de obras de compositores cubanos, sendo essa uma boa tradição inerente a cada festival do gênero. O segundo concerto foi dedicado à musica clássica mundial. Interpretando-a os músicos da Ilha da Liberdade fizeram, naturalmente, uma reverência ao país anfitrião e tocaram algumas obras-primas da música russa do século XIX. O regente da Orquestra, Henrique Peres Mesa comenta:

"Interpretamos a 4ª Sinfonia de Petr Tchaikovski com grande respeito em relação ao auditório russo, procurando conservar o temperamento cubano. Fazemos o mesmo quando interpretamos o Capricho Espanhol de Rimski Korsakov. Esta peça foi escolhida devido às partes de solo virtuosas por meio das quais os músicos poderão demonstrar o seu profissionalismo. Creio que o Festival tenha grande eco e importância e nós faremos os possíveis para que ninguém se esqueça da nossa atuação em Moscou. Vi algumas fotos no saguão do Salão de Colunas, adianta o maestro, as fotos dos interpretes que tinham atuado naquele palco e fiquei um tanto confuso com um número tão grande de personalidades ilustres. No entanto, acredito que o público russo não nos esqueça também."

Cumpre acentuar que o atual Festival será assistido por orquestras do além-mar, a saber, da Colômbia e dos EUA. Por isso, a Orquestra Nacional de Cuba, depois de ser a primeira a atuar no palco de Moscou, contribuiu para a descoberta da América pelo público da capital russa

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