Os partidários do terror em defesa de Posada "Verdugo" Carriles - julgamento

Clima de ódio em julgamento contra o terrorista Posada Carriles

Fonte: PRENSA LATINA

Washington, 12 jan (Prensa Latina) O processo judicial contra o terrorista Luis Posada Carriles continua hoje em El Paso, Texas, em meio ao ódio incentivado por seus seguidores contra os que reclamam justiça.

Em declarações à Prensa Latina, o advogado José Pertierra, representante da Venezuela no pedido de extradição do terrorista, denunciou que Sergio García, um seguidor de Luis Posada Carriles, o ameaçou de morte e lhe gritou chingamentos.

Pertierra, hospedado no mesmo hotel que Posada Carriles e cerca de vinte de seus seguidores, explicou que quando estes o reconheceram o agrediram verbalmente o qualificando de "cachorro", uma frase -disse- muito conhecida por Posada.

O advogado referia-se a uma mensagem telefônica em código transmitida a Posada Carriles no dia 6 de outubro de 1976 por uns de seus cúmplices venezuelanos no derrubamento do avião da Cubana de Aviação com 73 pessoas a bordo em frente à costa de Barbados.

Naquela ocasião, Hernán Ricardo comunicou a seu chefe que "todos os cachorros morreram", em alusão à morte dos que viajavam na aeronave.

Agora, em El Paso, Sergio García comentou a alguém com quem falava por um celular, "depois vou me encarregar deste cachorro", "diga-me se gostas das flores", essa -acrescentou Pertierra- é uma clara ameaça de morte.

García acompanha Posada Carriles em muitas de suas missões, inclusive esteve no Panamá quando se gestou o atentado contra Fidel Castro.

Pertierra informou à segurança do hotel e ao Bureau Federal de Investigações (FBI) sobre as ameaças de que era objeto.

Essas intimidações devem ser levadas a sério, pois no Texas as armas de fogo compram-se com facilidade, e apenas mediam quatro horas entre este Estado e Tucson, onde ocorreu o atentado contra a congressista Gabrielle Giffords.