quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Julio La Cruz, ouro no Rio 2016: em especial ao povo cubano e ao comandante Fidel

Julio La Cruz com a medalha de ouro. Foto: Roberto Morejón 
Por Sturt Silva

Até hoje o boxe cubano tinha ganhado 34 medalhas de ouro em sua história olímpica. Nenhuma delas tinha sido na categoria 81 Kg. Julio Cesar La Cruz quebrou a maldição. 

Tricampeão mundial (2011, 2013 e 2015), La Cruz venceu, hoje no Rio de Janeiro, Adilbek Niyasymbetov e se sagrou campeão olímpico na categoria peso meio-pesado (81 Kg).
A trajetória do título

Natural da província de Camagüey, o pugilista cubano estreou no Rio 2016 com vitória por unanimidade diante do turco Mehmet Nadir Unal. Nas quartas de final passou por Michel Borges, do Brasil, também por 3-0. Nas semifinais eliminou o francês Mathieu Bauderlique, num confronto que dominou do início ao fim. Hoje bateu, também por 3-0, o medalhista de prata de Londres 2012, Adilbek Niyasymbetov do Cazaquistão (assista a luta final no vídeo abaixo). 

Arte: revista boxe cubano
Como definiu muito bem o jornalista Luis Augusto Símon, “La Cruz tem um estilo peculiar. Luta com a guarda sempre baixa. Os dois braços não cobrem o rosto e nem o peito. Ele se posta com o tronco adiantado, praticamente oferecendo o rosto para uma pancada que raramente recebe. Tem uma esquiva extraordinária”.

Em especial ao povo cubano

Em declarações à imprensa, o cubano dedicou sua conquista a sua mãe, que é uma figura imprescindível em sua jornada, aos membros de sua equipe técnica, principalmente seu treinador, Alcides Sagarra, aniversariante do dia e também, de forma especial, ao povo cubano e ao Comandante em Chefe, Fidel Castro.

Maldição do bronze ficou pra trás

Mas La Cruz não só quebrou a maldição dos 81 Kg do boxe cubano em olimpíadas como também a maldição do boxe cubano no Rio 2016. Até hoje, os cubanos que eram favoritos a conquistar pelo menos quatro ouros viu Joahnys Argilagos (peso mosca ligeiro - 49 Kg), Erislandy Savón (peso pesado - 91 Kg) e Lázaro Álvarez (peso ligeiro - 60 Kg), três dos seus pugilistas, serem derrotados nas semifinais e se contentarem com o bronze. Viu também Roniel Iglesias (peso meio-médio - 69 Kg), campeão em Londres 2012 e Yasnier Toledo (peso meio-médio ligeiro - 64 Kg), bronze em Londres, serem eliminados antes das semifinais.
Arlen López. Foto: Reuters
Hoje além do ouro de La Cruz, o campeão olímpico de Londres 2012, Robeisy Ramírez (peso galo - 56 Kg), derrotou por 3-0 Murodjon Akhmadaliev do Uzbequistão e vai pra disputa do ouro, assim como Arlen López (peso médio - 75 Kg), que também venceu por 3-0 Kamran Shakhsuvarly do Azerbaijão. Na final, Ramírez enfrenta o estadunidense Shakur Stevenson, enquanto que López pega Bektemir Melikuziev, do Uzbequistão. Os confrontos serão sábado, penúltimo dia dos jogos.
Robeisy Ramírez. Foto: Reuters
Como disse Daniel Fucs, juiz e comentarista de boxe, Cuba continua sendo a maior potência no boxe na América Latina e uma das maiores do mundo. 

As atuações do boxe cubano no Rio 2016

Ouro: Julio Cesar La Cruz;
Pratas já garantidas (disputa o ouro): Robeisy Ramírez e Arlen López;
Bronze: Joahnys Argilagos,  Erislandy Savón e Lázaro Álvarez;
Sem medalhas: Leinier Peró, Roniel Iglesias, campeão olímpico em Londres 2012, Yasnier Toledo, bronze em Londres 2012 e Yosbany Veitía.

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